Conforme
vídeo que circula na internet, é noticiado que um congressista norte-americano
questiona, por meio de intimação, um ministro da maior corte brasileira, que
terá inclusive pequeno prazo de uma semana, para prestar esclarecimentos sobre
supostos abusos de autoridade e desprestígios aos princípios de liberdades
individuais.
Em
princípio, é preciso que essa notícia seja interpretada com muita cautela, em
especial porque não passa de uma extremosa e indevida intromissão de parlamentar
americano, que comete fenomenal deslize no cargo, em forma de claro abuso de
autoridade.
É
preciso se compreender que o deputado americano nem nenhuma autoridade pública
internacional tem competência para se dirigir a autoridade brasileira senão em
consonância com a legislação internacional, que contenha competência para
tanto, justamente em respeito à autonomia e à independência das nações.
Em
síntese, essa manifestação pode ser considerada extremamente ridícula,
precisamente por ela não se conformar com os ditames internacionais e muito
menos com as regras diplomatas, porque isso precisa condizer com as normas e os
princípios de civilidade.
Por
consequência da falta de respaldo jurídico, a manifestação do parlamentar
norte-americano conspira, notoriamente, contra os princípios inerentes aos
direitos humanos, de vez que a decisão dele caracteriza abuso de autoridade, em
que o ministro brasileiro e outras autoridades não têm obrigação sequer de
conhecê-la, quanto mais de respondê-la.
Não
será surpresa se o ministro brasileiro responder ao deputado americano, apenas
para esclarecê-lo que ele precisa, com urgência, se informar melhor sobre a
legislação internacional, sobretudo sobre a autonomia e a independência das
nações, para que ele entenda o quanto foi desrespeitoso e despreparado em
emitir documentos, de forma indevida e ilegal.
Brasília, em 22 de junho de 2024
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