Estamos
em pleno período em que se comemoram os santos juninos, Santo Antônio, São João
e São Pedro, na forma mais animada possível dos forrós em todo país, com
destaque para as cidades do Nordeste, sob o embalo das eternas canções juninas,
que agitam e incendeiam as festas e os bailes das noites mais quentes das tradições
do povo daquela região.
Na
verdade, as canções juninas são a alma das festas, que ditam e inspiram precisamente
os momentos das animações, como, por exemplo, essas abaixo:
“A
fogueira tá queimando, em homenagem a São João/O forró já começou/Vamos gente
rastapé nesse salão....”.
“Olha pro
céu, meu amor/Veja como ele está lindo/Veja o balão multicor/Como no céu vai
subindo/Foi numa noite igual a esta/que você me deu o seu coração/...”.
Essas e
outras canções carregam nas suas letras a essência musical das festas juninas que
enriquecem a beleza e o encanto de todas as modalidades do forró, que é a base
das alegrias juninas e a sustentação da cultura especialmente regional.
A verdade
é que as músicas juninas mostram a magnitude da alegria por meio de canções alegres
e contagiantes, cuja finalidade das suas letras é precisamente incentivar a
alegria e dar vazão ao sentimento do amor, que realmente tem o condão de incendiar
as festas juninas.
Vejam que
beleza de música da época: “Dança Joaquim com Zabé/Luiz com Iaiá/Janjão com
Raqué/E eu com Sinhá/Traz a cachaça Mané/que eu quero ver paia voar...”, que
diz o verdadeiro sentido do forró, nas suas origens mais remotas de animação entre
as pessoas.
Sem
dúvida alguma, os forrós juninos são motivações de consolidação de tradições,
como forma de preservação de heranças culturais do bravo povo nordestino, os
quais foram extremamente honrados pelo inesquecível rei do baião, o grande
sanfoneiro Luiz Gonzaga, que foi o maior incentivador das canções juninas, por ele
ser autor de muitas e lindas músicas do gênero.
Na
realidade, as canções juninas são a prova viva das raízes, das origens genuinamente
nordestinas, que mostram a alma desse povo vibrante, alegre e dançante, com
evidência que remontam dos grandes amores construídos nas noites de são-joão, certamente
embaladas pelas festas interioranas, com o brilho notadamente das quadrilhas,
tão vivas nos nossos corações.
O certo é
que cada canção reflete momentos da vida do povo do sertão, das suas tradições e
dos seus sentimentos que são revelados por meio de saudades, do romantismo e do
amor próprio do rico Nordeste, em termos de tão importante tradição junina.
Enfim, as
festas juninas, caracterizadas pelos forrós, quadrilhas e trajes típicos estão
enraizadas não somente no calendário cultural do Nordeste, com destaque para os
meses de junho e julho, mas também nas qualidades interioranas do homem do
campo, com a evocação dos seus sentimentos, por meio da alegria e do amor, em
forma de festa genuinamente popular.
Mais uma
vez, salve o lindo momento junino, com seus encantos festivos peculiares, concitando
que os respectivos participantes tenham inspiração nas alegres canções juninas
e brinquem sobrelevando a importância da alegria e do amor, que são as
principais motivações destas festas que tanto cativam nossos corações.
Brasília, em 16 de junho de 2024
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