domingo, 9 de junho de 2024

Brava formiga!

 

De repente, algo chamou a minha atenção, na movimentação de formigas, que eram muitas subindo e descendo em uma parede do meu lar e foi assim que notei que uma delas carregava para a morada dela fardo desproporcional ao tamanho dela, que é algo fantástico da natureza que somente Deus pode explicar, mesmo com o envolvimento de minúscula formiga.

Com isso, eu passei a observar, por bom tempo, o homérico trabalho desempenhado por pequenina formiga, que se esforçava em carregar, parede acima, possivelmente pesado objeto de visível tamanho o dobro dela, que não impedia que ela seguisse serelepe carregando o seu pesado fardo, ”morro” acima, cujo objeto, em aparente suspensão, que parecia desprender dela, a todo instante, e cair, em se tratando de subida, na parede.

Vez por outra, uma, duas ou mais formigas a abordavam, em rápidas confabulações, quando a operária aproveitava o interlóquio para realizar pequeno pit stop, para descansar, porque ninguém é de ferro, nem mesmo sendo formiga. O certo é que a brava formiga trilhava o longo e íngreme caminho toda poderosa, carregando importante minúsculo objeto que devia ter alguma serventia para saciar alguma necessidade básica dela e das demais formigas, de quem ela não se cansou de merecer solidariedade de apoio, ao longo e tortuoso percurso, até ela se adentrar na sua maloca, conhecida por formigueiro.

Fiquei longo tempo, acompanhando a conclusão de relevante tarefa, protagonizada por brava e destemida formiga, que certamente será recompensada por seu penoso sacrifício pelas demais formigas, ao controlar sobre seus ombros, se é que formiga tenha ombros, fardo bem superior ao próprio tamanho.

Parabenizo o operoso trabalho de gigante formiguinha, que é certamente exemplo para os pares dela e até mesmo para as pessoas que valorizam o trabalho edificante, se empenhando ao máximo, apenas no orgulhoso cumprimento da sua nobre missão de servir a comunidade.

Sim, fiquei bastante impressionado como uma diminuta formiga é importante para a convivência comunitária, quando ela não mede sacrifícios para exercer a sua função social, ao levar para o seu formigueiro objeto capaz de saciar alguma carência da sociedade dela.  

Brasília, em 9 de junho de 2024

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