De
repente, algo chamou a minha atenção, na movimentação de formigas, que eram
muitas subindo e descendo em uma parede do meu lar e foi assim que notei que
uma delas carregava para a morada dela fardo desproporcional ao tamanho dela, que
é algo fantástico da natureza que somente Deus pode explicar, mesmo com o
envolvimento de minúscula formiga.
Com
isso, eu passei a observar, por bom tempo, o homérico trabalho desempenhado por
pequenina formiga, que se esforçava em carregar, parede acima, possivelmente
pesado objeto de visível tamanho o dobro dela, que não impedia que ela seguisse
serelepe carregando o seu pesado fardo, ”morro” acima, cujo objeto, em aparente
suspensão, que parecia desprender dela, a todo instante, e cair, em se tratando
de subida, na parede.
Vez
por outra, uma, duas ou mais formigas a abordavam, em rápidas confabulações,
quando a operária aproveitava o interlóquio para realizar pequeno pit stop,
para descansar, porque ninguém é de ferro, nem mesmo sendo formiga. O certo é
que a brava formiga trilhava o longo e íngreme caminho toda poderosa,
carregando importante minúsculo objeto que devia ter alguma serventia para
saciar alguma necessidade básica dela e das demais formigas, de quem ela não se
cansou de merecer solidariedade de apoio, ao longo e tortuoso percurso, até ela
se adentrar na sua maloca, conhecida por formigueiro.
Fiquei
longo tempo, acompanhando a conclusão de relevante tarefa, protagonizada por
brava e destemida formiga, que certamente será recompensada por seu penoso
sacrifício pelas demais formigas, ao controlar sobre seus ombros, se é que
formiga tenha ombros, fardo bem superior ao próprio tamanho.
Parabenizo
o operoso trabalho de gigante formiguinha, que é certamente exemplo para os
pares dela e até mesmo para as pessoas que valorizam o trabalho edificante, se
empenhando ao máximo, apenas no orgulhoso cumprimento da sua nobre missão de
servir a comunidade.
Sim,
fiquei bastante impressionado como uma diminuta formiga é importante para a convivência
comunitária, quando ela não mede sacrifícios para exercer a sua função social, ao
levar para o seu formigueiro objeto capaz de saciar alguma carência da
sociedade dela.
Brasília,
em 9 de junho de 2024
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