Agora,
depois de uma das piores catástrofes da história da humanidade, ocorrida nas terras
gaúchas, a gente, precisa, urgentemente, parar para pensar como agir para
começar a reconstruir, ao menos, parte das belezas que existiam naquelas
plagas, aproveitando o resto da disposição em cada um dos brasileiros, que se
prontificaram a colaborar com esse processo que tem o majestoso nome de
solidariedade.
São
emocionantes e tristes as imagens sobre toda inundação das águas invadindo
casas, ruas, campos, levando consigo vasto patrimônio secular acumulado pelas
pessoas, que jamais será resgatado, ante a impossibilidade da sua recomposição.
Algo
maravilhoso e lindo sobreveio depois das tormentas, da catástrofe e da
destruição, que foi a imediata manifestação dos brasileiros, que acorrem em
solidariedade, extremamente sensíveis às dores e às lágrimas do povo gaúcho,
destroçado e abatido pelos solavancos das inundações, que não mediram esforços
para estenderem as mãos àqueles que, de repente, foram colocados em extremas
dificuldades.
O
resultado das enchentes deixou rastro de muitos estragos, de forma
generalizada, abrangendo quase todos os municípios, em proporções alarmantes e
irreversíveis, mas o caos não conseguiu abater a fibra do povo gaúcho, que se
fortaleceu em união para soergue o seu torrão querido, conforme é assim a
vontade de todos.
O mais
lamentável é que mais de centena de pessoas foram tragadas pela força das águas
e outras tantas desapareceram ao meio do torvelinho das incontroláveis
inundações, que foi algo absolutamente inevitável.
O certo
mesmo é a impossibilidade de serem calculados os prejuízos materiais e
psicológicos, principalmente estes, que serão contabilizados para sempre e
dificilmente poderão ser recuperados, porque elas ficam gravados na memória, do
corpo e da alma, diante da intensa dor que o homem é obrigado a suportar.
O
importante que se viu foi a mobilização dos brasileiros, que mostraram
sensibilidade diante de questão realmente marcante e dolorosa, em forma de
reação à altura dos lamentáveis acontecimentos, que certamente poderiam ter
sido minimizados, caso o próprio homem tivesse igual sensibilidade para com a
natureza.
É preciso
que se diga, em forma de alerta, que o revide da natureza, com tamanha
truculência, nada mais foi do que em resposta ao tratamento que ela recebe do
homem, ou seja, muito aquém do que ela merece, por fazer jus, em termos de
conservação do meio ambiente, que tem sido cada vez mais relegado à própria
natureza, em péssimo estado de abandono, conforme mostra o registro da
história.
Esse
momento de solidariedade em abraço voluntário à causa do Rio Grande do Sul
suscita a engenhosa ideia de que movimento idêntico a esse pode perfeitamente
ser implementado pelos brasileiros, em reação contra todas as formas de mazelas
que afligem o Brasil e os brasileiros, a exemplo da violência, da má gestão do
dinheiro público, dos abusos de todas as formas, da incompetência, da péssima
prestação dos serviços públicos, da insensibilidade às causas da sociedade,
enfim, de todas as práticas de injustiças.
Enfim,
quando o caos acabar, quando o sol alto e forte voltar a brilhar e quando os
abraços e os sorrisos forem somente de alegria, porque assim deva ser a vida,
infinita, divertida, terna e acariciada pelo amor.
Brasília,
em 7 de junho de 2024
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