quarta-feira, 26 de junho de 2024

Jogos de Azar

 

No momento, já se conta como certa, diante das vontades do governo e do Congresso Nacional, a aprovação do jogo do bicho e das demais variedades de jogos, porque essa desgraça gera substancial arrecadação para os cofres públicos e para outros interesses, conquanto os abutres da população estão interessados somente na saúde financeira do Tesouro, sem nenhuma preocupação com as consequências nefastas que essa peste daninha resultará para o povo em geral.  

À toda evidência, trata-se de verdadeiro contrassenso a aprovação dos “jogos de azar”, como assim eles são conhecidos, compreendendo desde o bingo, passando pelos jogos do bicho e concluindo com os famosos cassinos, que atraem a fortuna dos lavadores de dinheiro.

O certo é que o Brasil já dispõe, há algum tempo, de uma gama de jogos  oficializados, sob a administração do próprio governo, por intermédio da Caixa Econômica Federal, que, se o povo fosse um pouco esperto nem jogaria, diante das denúncias constantes de manipulação e fraude, além da certeza de raríssimas chances de ganhar.

Como o próprio nome já diz, os jogos são atividades de riscos, de modo que o apostador já sabe que se trata de se arriscar a sorte, que dificilmente ela aparece, salvo para parcela mínima de apostadores.

Na verdade, todos os jogos, dos mais sofisticados aos menos importantes, são verdadeiras arapucas destinadas a enriquecer seus patrocinadores, públicos ou privados, não importando a origem, porque é sempre certeira a sanha por ganhos fáceis.

Se houvesse um pouco de sensatez, se compreenderia que os atuais jogos já são suficientes, porque eles arrecadam bilhões de reais, que são destinados sabe-se lá para onde, mas o certo é que alguém se beneficia indevidamente desses recursos!

É preciso lembrar que já houve tempos dourados dos jogos, no Brasil, inclusive sob o predomínio dos famosos cassinos, que, historicamente, somente causavam enormes desequilíbrio financeiro e desagregação de famílias, por se tratar de vício compulsivo e bastante pernicioso à sociedade.

Infelizmente, vive-se, no Brasil, novos tempos, em que vem prevalecendo a vontade de poucos insensatos e aproveitadores que não levam em consideração o interesse público, mas sim as suas causas e seus planos políticos, que possam resultar de lucros fáceis, infelizmente.   

Brasília, em 26 de junho de 2024

(Vou me afastar por uma semana)

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