sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Contradição?

 

Em imagem publicada nas redes sociais, são mostradas as figuras da ex-primeira-dama do país e do presidente do país, encimadas da mensagem de que este foi favorável à anistia, conforme inscrição estampada na sua camiseta, talvez na tentativa de se expor a possível contradição dele, em relação à anistia atualmente pretendida.

Em primeiro plano, é muito importante se afastar qualquer forma de contradição, em especial diante das motivações políticas envolvidas.

Ou seja, não faz o menor sentido a ex-primeira-dama nem ninguém invocar a imagem de alguém com o objetivo de defender a concessão de prerrogativa idêntica da anistia, porque os fatos de que se tratam não são semelhantes, mas a pretensão dela talvez seja a de mostrar incoerência, que também é algo inexistente.

O político da foto lutava por liberdade dos crimes então cometidos por seus companheiros contra o regime militar, enquanto a situação atual diz respeito à libertação dos supostos crimes de golpe de Estado, envolvendo pessoas de ideologias diferentes.

Isso vale se intuir que o político certamente vestiria a mesma camiseta do passado, se a situação litigada antes acontecesse agora, o que vale se afirmar que não existe incoerência alguma a se considerar, de modo que a primeira-dama comete equivocada injustiça.

Ou seja, são casos distintos acontecidos em épocas diferentes e situações completamente antagônicas, que não justificam a invocação de absolutamente nada, salvo para mostrar a falta de melhor argumento, com força de convencimento acerca da causa pretendida.

A vã tentativa de mostrar incoerência do político não se sustenta para o fim de merecer o sentimento de apoio dos brasileiros, ante a falta de sustentação fática da alegação de contradição, principalmente.

Muito pelo contrário, porque isso somente expõe absoluta falta de iniciativa que melhor e adequadamente justifique a necessidade da anistia, agora, para as pessoas envolvidas nos supostos crimes de golpe de Estado.

Apelam-se porque os brasileiros se conscientizem de que, além de ser péssimo exemplo, não é nada construtivo se insistir na indicação de atos praticados por outrem, não importando se eles são bons ou ruins, para possível obtenção de beneficiamento próprio, quando o bom senso e a razoabilidade indicam que somente as ideias saudáveis são capazes de produzir os resultados ansiados, evidentemente por meio de mérito próprio.

Enfim, convém que os brasileiros se conscientizem de que os maus exemplos e as péssimas companhias não são bons presságios para a obtenção das pretensões, quando o melhor caminho condiz com as iniciativas inteligentes e independentes, por meio de ideias pertinentes às causas pretendidas.

Brasília, em 19 de setembro de 2025

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