terça-feira, 2 de setembro de 2025

Em defesa do Brasil?

         Em mensagem  que  circula  na  internet,  um  congressista  faz  defesa do parlamentar brasileiro licenciado, que se encontra nos Estados Unidos da América, buscando solução para a crise institucional do Brasil, sob o argumento de que não restava outra alternativa contra o abuso de autoridade e as arbitrariedades predominantes no país.  

Em que se vislumbre forma interessante no discurso em defesa do parlamentar licenciado, que foi buscar ajuda em outras plagas, para tentar resolver intensa crise institucional brasileira, no fundo, essa questão se mostra absolutamente circunstancial, fora dos padrões habituais, em termos de relações diplomáticas, em que não é normal um país pedir socorro a outro para solucionar seus problemas internos, quando não existe, em termos legais, amparo jurídico para a medida.

No caso vertente, há a coincidência de o presidente norte-americano ser amigo do ex-presidente brasileiro, em que ambos se identificam por motivação de ideologia, porque, do contrário disso, nunca que aquele país aceitaria ajudar o Brasil, em condições normais.

Além disso, frise-se que a busca de ajuda objetivando a interferência em questões nacionais tem a cristalina evidência de que os brasileiros, especialmente as suas lideranças políticas foram totalmente incompetentes para reagirem em contraposição aos abusos de decisões arbitrárias e inconstitucionais, o que vale se dizer que os atuais políticos são imprestáveis para a finalidade para a qual eles foram eleitos, notadamente no que se refere ao trabalho em defesa dos interesses da sociedade, a exemplo do caso em comento.

Ou seja, foi preciso se reconhecer a sua incapacidade funcional e de iniciativa para se implorar por auxílio externo, cujas consequências alarmantes já são sentidas, com o tarifaço sobre os produtos exportados para aquele país, com duríssimo reflexo na economia brasileira, em especial com a expressiva queda da produção e do emprego.

Em síntese, tem-se que o desesperado gesto de tentativa de salvar a vida pública de político renomado justifica resultado extremamente danoso para os brasileiros, exatamente por força da incompetência de políticos nacionais, ainda mais que o cerne da questão permanece ainda com maior efervescência, com tendência de haver intensificação, diante do altíssimo grau de antagonismo que se radicaliza e se consolida, mostrando que as medidas sancionadas pelos Estados Unidos somente contribuem para agravar as crises econômica e institucional, com os adicionais do citado tarifaço, o agravamento do raivoso antagonismo e a certeza da intensificação das crises, que apenas se eternizam, por conta das medidas impensadas, insensatas e improdutivas?

Ou seja, se a crise institucional brasileira já se encontrava em nível insuportável, a ida do parlamentar licenciado para o país do tio Sam teve o condão de potencializá-la ainda mais, com o adicional do requinte de crueldade, por ter conseguido penalizar exatamente quem nada tem direitamente com o cerne da questão central, no caso, o povo, que foi prejudicado pelos efeitos do tarifaço.

Enfim, tudo evidencia que a busca de ajuda externa já está causando gigantescos danos aos interesses diretos dos brasileiros e que os problemas, ao invés de reduzirem, foram potencializados, com tendência de progredirem ainda mais, de modo a se torná-los crônicos e radicalizados.

Enfim, diante de tantos disparates, como ainda existem pessoas compreendendo normal a participação de brasileiro que conseguiu trazer mais problemas, com muito mais profundidade, para o Brasil, em termos econômicos e institucionais.

A verdade é que a desgraçada polarização ideológica ajuda muito a compreender tamanha distorção de mentalidade, em que a maldade ao país ainda tem o apoio de brasileiros, como se isso fosse realmente salutar aos interesses da nação.

Diante da clara e decisiva insensibilidade de brasileiros, resta a compreensão de que é definitivamente impossível se imaginar em mudanças para o Brasil, enquanto persistirem mentalidades que defendem o quanto pior, melhor para os brasileiros.

Acorda, Brasil!

            Brasília, em 2 de setembro de 2025

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