Essa
forma de comportamento dissonante sinaliza para urgente filtragem da sociedade,
por convicções político-ideológicas, tendo em conta a forte influência filosófica
nos rumos da sociedade, sob o risco iminente de injustificáveis tragédias geradas
pela somatização do inevitável processo de inimizade e vingança.
Essa polarização
se torna bastante visível agora, quando as reações são sintomáticas da
sociedade, que passou a dar importância ou não dos princípios humanitários ao
alinhamento ideológico, onde se tornou comum o gesto de repulsa à compaixão, à
vista da banalização, em elevado grau, da violência e do desamor.
Já há
até a compreensão de que essa forma de comportamento se resumo em mecanismo de
sobrevivência e proteção do grupo político, que tende a se fortalecer com os
ataques aos adversários, em forma de hostilidades, não permitindo qualquer
possibilidade de avanço humanitário por parte deles.
Nesse terrível
jogo de interesses, o que importa na seara do certo e do errado não são os
princípios, mas sim as estratégias empregadas nos embates.
Na
verdade, a nefasta polarização tem o condão de corroer não somente os princípios
humanitários, mas também o juízo moral, por meio da degeneração do sentimento
ético, em forma de desvalorização sistemática do sentimento de humanismo.
A verdade
é que a consolidação da polarização, com a identificação de grupos, ajuda a se
enxergar o adversário com o instinto de desumanização, como alguém que não
merece respeito nem consideração, conquanto concomitantemente desapareça o
interesse na discussão de ideias políticas.
Parece ser
esse o contexto atual vivido, no país, com a predominância da polarização, em
que a disputa política já foi colocada à margem das negociações, para ganhar a visualização
própria da desumanização, em que perde importância os sagrados princípios humanitários.
O tão
almejado perdão, por sua importância humanitária, de interesse comum da
sociedade, foi simplesmente transformado em questão relativizada por critério de
alinhamento ideológico, uma vez que a empatia, como saudável princípio
universal, foi meramente partidarizada.
A
compaixão que é própria da sociedade, que poderia servir para uni-la para a construção
do bem, passou a ser importante instrumento de fidelidade ideológica.
O resumo
dessa lamentável realidade política brasileira deixa muito patente a total
perda dos sagrados sensos de humanidade e de amor ao próximo, tendo como consequência
a definitiva flagelação da sociedade.
Enfim, é
totalmente possível se seguir ideologia política, se combater ideias, sem
jamais se perder o senso de justiça, porque, do contrário, não se apodrecem
somente os sensos de empatia e política, mas sim os saudáveis princípios de humanização.
Acorda,
Brasil!
Brasília,
em 22 de setembro de 2025
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