sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Charlie Chaplin

 

O Charlie Chaplin foi um dos maiores gênios da arte cinematográfica, na qualidade de diretor e ator, tendo deixado enorme legado para a humanidade, conforme mostra a sua fantástica obra.

Ao completar o seu 70º aniversário, em 16 de Abril de 1959, ele escreveu um poema que muito condiz com a sua genialidade também na compreensão da vida humana.

Trata-se de lembrete com cunho inspirador que toca muito forte no coração e na alma das pessoas.

Charlie Chaplin se tornou ícone das grandes telas, por seu fascínio de notável comunicador, tendo enorme capacidade de transformação da arte cinematográfica em palco maior de diversão, a par de compreender a importância da vida.

O compartilhamento desse poema com as pessoas pode ajudar se compreender a singularidade que existia nesse extraordinário gênio, que combinava a sua intelectualidade com a compreensão do seu semelhante.

Quando comecei a amar-me, eu entendi que em qualquer momento da vida, estou sempre no lugar certo na hora certa. Compreendi que tudo o que acontece está correto. Desde então, eu fiquei mais calmo. Hoje eu sei que isso se chama CONFIANÇA.

Quando eu comecei a me amar, entendi o quanto pode ofender alguém quando eu tento impor minha vontade sobre esta pessoa, mesmo sabendo que não é o momento certo e a pessoa não está preparada para isso, e que, muitas vezes, essa pessoa era eu mesmo. Hoje, sei que isto significa DESAPEGO.

Quando comecei a amar-me eu pude compreender que dor emocional e tristeza são apenas avisos para que eu não viva contra minha própria verdade. Hoje, sei que a isso se dá o nome de AUTENTICIDADE.

Quando comecei a amar-me, eu parei de ansiar por outra vida e percebi que tudo ao meu redor é um convite ao crescimento. Hoje eu sei que isso se chama MATURIDADE.

Quando comecei a amar-me, parei de privar-me do meu tempo livre e parei de traçar magníficos projetos para o futuro. Hoje faço apenas o que é diversão e alegria para mim, o que eu amo e o que deixa meu coração contente, do meu jeito e no meu tempo. Hoje eu sei que isso se chama HONESTIDADE.

Quando comecei a amar-me, tratei de fugir de tudo o que não é saudável para mim, de alimentos, coisas, pessoas, situações e de tudo que me puxava para baixo e para longe de mim mesmo. No início, pensava ser "egoísmo saudável", mas hoje eu sei que se trata de AMOR PRÓPRIO.

Quando comecei a amar-me parei de querer ter sempre razão. Dessa forma, cometi menos enganos. Hoje, eu reconheço que isso se chama HUMILDADE.

Quando comecei a amar-me, recusei-me a viver no passado e preocupar-me com meu futuro. Agora eu vivo somente este momento em que tudo acontece. Assim que eu vivo todos os dias e isto se chama CONSCIÊNCIA.

Quando comecei a amar-me, reconheci que meus pensamentos podem me fazer infeliz e doente. Quando eu precisei da minha força interior, minha mente encontrou um importante parceiro. Hoje eu chamo esta conexão de SABEDORIA DO CORAÇÃO.

Não preciso mais temer discussões, conflitos e problemas comigo mesmo e com os outros, pois até as estrelas às vezes chocam-se umas contra as outras e criam novos mundos. Hoje eu sei que isso é a VIDA!”.

Sim, trata-se de poema, mas o seu texto mostra a sensibilidade de quem procurava valorizar ao máximo os princípios da vida, em forma de aproveitamento saudável do bom senso e da racionalidade, apenas procurando amar as coisas simples, sob o sentimento de tolerância, compreensão e aceitação, porque nada mais importante do que se viver sob o prisma da verdade.

No dizer do genial Charlie Chaplin, ninguém vive feliz sem o sentimento maior do amor, ato muito simples que só depende de nós.

Brasília, em 17 de setembro de 2025

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