É
evidente que o tema separatismo, em termos da federação, não faz parte da
discussão político-nacional, ante a vedação imposta constitucionalmente, mas
nada impede que alguém, por motivos justos ou não, possa suscitar opinião nesse
sentido, evidentemente por razões eminentemente pessoal, porque isso, quer
queira ou não, faz parte da salutar faculdade democrática.
Vê-se
pelas opiniões das pessoas que se trata realmente de assunto delicado e
polêmico, que desperta profundos sentimentos de amor e ódio, principalmente
porque fica muito claro o sentimento de patriotismo pela manutenção do
deplorável status quo, principalmente porque há a arraigada defesa da
consolidação das conquistas sociais, com destaque para os programas
assistencialistas, com preponderância para regiões menos desenvolvidas do país.
Essas
localidades são merecedoras de cuidados exclusivamente sob a ótica da
padronização do assistencialismo que não contribui senão para a permanência
dessa terrível situação de eterna penúria, sem a mínima possibilidade de
desenvolvimento socioeconômico, que seria viável com a implantação de políticas
de incentivo à industrialização e à produção, evidentemente com vistas, em
especial, à criação de empregos.
Essa
medida tem, como visto, por propósito a drástica redução dos programas sociais,
que, repita-se, satisfazem sobremodo as pessoas contrárias ao que seria à nova
ordem territorial e social.
Sim, é
muito fácil ter opinião em defesa do comodismo, quando o status quo é
visivelmente promotor do benefício gracioso, evidentemente sem que se cogite
mudança que pode realmente dar sentido às pretensões de progresso para regiões
fadadas à eternização do comodismo, do fracasso e do subdesenvolvimento
socioeconômico.
É claro
que não se está aqui defendendo coisa alguma, principalmente favorável à
impalatável da absurda ideia do separatismo territorial brasileiro, mas apenas
dizendo que a mudança de mentalidade de um povo, obviamente para melhor,
depende exclusivamente da forma do seu pensamento.
Não se
sabe a verdadeira intenção política de quem propôs separar o Brasil em dois
países, mas isso pode ter por propósito se chamar a atenção, em forma de
alerta, para a gravíssima situação de calamidade socioeconômica por que passa
parte da população, que se encontra escrava consciente do clientelismo imposto
pela demência político-administrativa de quem elegeu esse sistema brutal e
cruel de tratamento político-social para se manter no governo, impondo
condições de miserabilidade ao povo para conquistar o poder e se manter
eternizado nele, sem que o povo perceba que isso somente satisfaz ao famigerado
sistema dominante, que não permite qualquer perspectiva de melhoria das
condições de vida desse povo.
A verdade
é que os fatos mostram essa assertiva com bastante propriedade, não deixando
qualquer margem de dúvida sobre a irracionalidade de tratamento social.
Quem sabe
se o alerta do parlamentar, com a sua ideia de separatismo territorial
brasileiro, não seja em forma do bem para determinado povo, por mostrar a
conveniência de radicais mudanças em tudo que possa contribuir para a salvação
desse povo, que prefere o inconcebível comodismo à melhoria das suas condições
de vida?
Não se
pode condenar, em princípio, nem quem é favorável à separação do Brasil nem
quem é contra essa medida, mas se pode vislumbrar que a ideia coloca mais lenha
no fogo dos interesses políticos e pátrios, restando a consciência, de tudo
isso, sobre a certeza da urgente conveniência de mudanças, especialmente para o
benefício de povo que se acostumou, como terrível vício indissociável dele, do
comodismo proveniente do assistencialismo governamental, que impacta qualquer
forma de desenvolvimento socioeconômico.
Apelam-se
por que os brasileiros reflitam sobre a iniciativa da separação do Brasil, em
dois países, não pela medida em si, mas sim pela urgente necessidade de
mudanças estruturais das terríveis condições de dependência do povo, que não
pode permanecer eternamente sendo escravizado por programas assistencialistas
condicionados ao cabresto eleitoral, em reafirmação da miserabilidade social.
Brasília,
em 28 de setembro de 2025
Nenhum comentário:
Postar um comentário