domingo, 28 de setembro de 2025

Divisão do Brasil

 

Conforme mensagem postada na internet, um parlamentar apresentou proposta de divisão do Brasil em dois países, sem ter apresentado maiores detalhes sobre essa medida, mas o fato em si suscitou muitas discussões dos brasileiros, em forma de apoio e discordância.

É evidente que o tema separatismo, em termos da federação, não faz parte da discussão político-nacional, ante a vedação imposta constitucionalmente, mas nada impede que alguém, por motivos justos ou não, possa suscitar opinião nesse sentido, evidentemente por razões eminentemente pessoal, porque isso, quer queira ou não, faz parte da salutar faculdade democrática.

Vê-se pelas opiniões das pessoas que se trata realmente de assunto delicado e polêmico, que desperta profundos sentimentos de amor e ódio, principalmente porque fica muito claro o sentimento de patriotismo pela manutenção do deplorável status quo, principalmente porque há a arraigada defesa da consolidação das conquistas sociais, com destaque para os programas assistencialistas, com preponderância para regiões menos desenvolvidas do país.

Essas localidades são merecedoras de cuidados exclusivamente sob a ótica da padronização do assistencialismo que não contribui senão para a permanência dessa terrível situação de eterna penúria, sem a mínima possibilidade de desenvolvimento socioeconômico, que seria viável com a implantação de políticas de incentivo à industrialização e à produção, evidentemente com vistas, em especial, à criação de empregos.

Essa medida tem, como visto, por propósito a drástica redução dos programas sociais, que, repita-se, satisfazem sobremodo as pessoas contrárias ao que seria à nova ordem territorial e social.

Sim, é muito fácil ter opinião em defesa do comodismo, quando o status quo é visivelmente promotor do benefício gracioso, evidentemente sem que se cogite mudança que pode realmente dar sentido às pretensões de progresso para regiões fadadas à eternização do comodismo, do fracasso e do subdesenvolvimento socioeconômico.

É claro que não se está aqui defendendo coisa alguma, principalmente favorável à impalatável da absurda ideia do separatismo territorial brasileiro, mas apenas dizendo que a mudança de mentalidade de um povo, obviamente para melhor, depende exclusivamente da forma do seu pensamento.

Não se sabe a verdadeira intenção política de quem propôs separar o Brasil em dois países, mas isso pode ter por propósito se chamar a atenção, em forma de alerta, para a gravíssima situação de calamidade socioeconômica por que passa parte da população, que se encontra escrava consciente do clientelismo imposto pela demência político-administrativa de quem elegeu esse sistema brutal e cruel de tratamento político-social para se manter no governo, impondo condições de miserabilidade ao povo para conquistar o poder e se manter eternizado nele, sem que o povo perceba que isso somente satisfaz ao famigerado sistema dominante, que não permite qualquer perspectiva de melhoria das condições de vida desse povo.

A verdade é que os fatos mostram essa assertiva com bastante propriedade, não deixando qualquer margem de dúvida sobre a irracionalidade de tratamento social.

Quem sabe se o alerta do parlamentar, com a sua ideia de separatismo territorial brasileiro, não seja em forma do bem para determinado povo, por mostrar a conveniência de radicais mudanças em tudo que possa contribuir para a salvação desse povo, que prefere o inconcebível comodismo à melhoria das suas condições de vida?

Não se pode condenar, em princípio, nem quem é favorável à separação do Brasil nem quem é contra essa medida, mas se pode vislumbrar que a ideia coloca mais lenha no fogo dos interesses políticos e pátrios, restando a consciência, de tudo isso, sobre a certeza da urgente conveniência de mudanças, especialmente para o benefício de povo que se acostumou, como terrível vício indissociável dele, do comodismo proveniente do assistencialismo governamental, que impacta qualquer forma de desenvolvimento socioeconômico.

Apelam-se por que os brasileiros reflitam sobre a iniciativa da separação do Brasil, em dois países, não pela medida em si, mas sim pela urgente necessidade de mudanças estruturais das terríveis condições de dependência do povo, que não pode permanecer eternamente sendo escravizado por programas assistencialistas condicionados ao cabresto eleitoral, em reafirmação da miserabilidade social.

Brasília, em 28 de setembro de 2025

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