O
deputado federal carioca e ultradireitista, que é pré-candidato à Presidência
da República, resolveu zombar dos eleitores e simpatizantes do líder-mor
petista, conforme vídeo que circulou nas redes sociais, onde ele aparece oferecendo
capim para eles.
O
aludido episódio aconteceu no último dia 8, quando ele acabara de participar,
como mero espectador, da 1/2 Maratona do Rio de Janeiro.
Enquanto
os corredores passavam ao lado dele, o parlamentar fluminense acenava e ouvia
gritos de “Mito”, “Nosso novo presidente”, entre outros
mimos, mas a coisa mudou de semblante quando pessoas, participantes do evento, passaram
a gritar o nome do petista, com a finalidade de irritá-lo e, o pior, é que elas
conseguiram.
Diante
disso, o deputado houve por bem pegar capim, na proximidade, conforme é mostrado na filmagem ele
segurando fecho desse arbusto e entoando palavras em oferecimento, nestes
termos: “Tá aqui pra vocês, eleitores do
Lula, um pouco de comida. É capim. Já que acabou a mortadela, agora comam
capim. Aqui tem mais (apontando para o lado), acho que almoçam umas 50 pessoas”, tendo sorrido depois de encerrar
sua fala.
Isso
mostra o baixíssimo nível de homem público que pretende comandar a nação e todos os
brasileiros, petistas ou não, em evidente demonstração da mais absurda e
incontrolável irracionalidade, além de não ter o menor pudor de desprezar o ser
humano, de forma absolutamente injustificável e incabível, na atualidade, quando
a sua autoridade de político integrante do Parlamento deveria se comportar com
o máximo de polimento democrático, respeitando os pensamentos ideológicos de quaisquer
vertentes.
Infelizmente,
o Brasil ainda tem político com mentalidade tacanha, bastante insignificante e
desprezível como essa de expor enorme desprezo à compostura e à dignidade de
estadista, que tem obrigação de prezar os valores humanos, nos seus verdadeiros significados.
Dá
pena se deparar com cena de absoluta pobreza intelectual e moral, em que
político se transforma em algo repugnante, por mostrar o que ele pode
significar para os brasileiros, absolutamente nada, em termos construtivos, ao
se dispor para a perda de tempo com algo insignificante e deprimente, que
somente contribui para a desqualificação do homem público, eis que ele se
mostra um ser qualquer, absolutamente pobre de espírito, a evidenciar mentalidade
retrógrada, em relação à evolução da humanidade, que precisa se antenar apenas com
algo construtivo e pensar somente no desenvolvimento do ser humano, bem
diferente do que mostrou a atitude do político carioca, que não merece ser tratado como homem público, diante da sua infantilidade humana.
Que
essa cena deplorável e reprovável sirva pelo menos para que esse cidadão
reflita urgentemente sobre a necessidade de ações nobres e valorosas, como as
de se enaltecerem as qualidades boas e saudáveis do povo, que merece todo
respeito, no âmbito do Estado Democrático de Direito, onde o pensamento e a
expressão são livres, não importando que ele seja simpatizante de político que
tenha sido condenado à prisão, por deslize nas atividades públicas, posto que
isto é apenas a antítese de quem simpatiza por político considerado idôneo e de
conduta ilibada, nada mais, que, nem por isso, merece ser respeitado, independentemente da sua
ideologia.
É
bastante lamentável que, em pleno século XXI, ainda tenha político com
mentalidade tão rasteira e repugnante, quando ele poderia aproveitar o momento
de crise moral para mostrar que, na qualidade de presidenciável com boa
preferência eleitoral, em nível nacional, teria reais condições para conduzir, com decência e
principalmente equilíbrio, os interesses do Brasil, sobretudo com dignidade,
seriedade e competência, sem menosprezar os sentimentos das pessoas, em vista
do que representa o espírito democrático, que tem como princípio, entre outros
conceitos, o usufruto da livre expressão ideológica.
A
atitude do parlamentar bem demonstra o seu desequilíbrio emocional e psicológico, ao reagir
com truculência os desaforos e as provocações dos simpatizantes do seu
principal opositor, que poderiam simplesmente ter sido ignoradas, para o bem
dos sentimentos democráticas, em harmonia com os conceitos de tolerância,
inteligência, compreensão e principalmente civilidade, que são atributos
próprios não somente dos seres humanos, mas em especial dos homens públicos,
que precisam ser educados como mandam as boas e saudáveis regras e liturgias do
relevante cargo de Presidente da República, que jamais deveria ser ocupado por
pessoa de índole contrária aos conceitos de civilidade e de respeito aos
princípios próprios da dignidade humana, em todos os sentidos. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 17 de abril de 2018
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