O
governo indiano acenou para a possibilidade da aprovação de emenda à Lei de
Proteção de Crianças dos Delitos Sexuais, tendo por objetivo a condenação dos
culpados por estupro de menores 12 anos à morte, medida esta que atende à
indignação do país pelos abuso e assassinato de uma criança de 8 anos.
A
proposta de emenda à referida lei foi aprovada em reunião do gabinete liderada
pelo primeiro-ministro indiano, horas após retornar ao país de uma viagem
por três países da Europa.
A
emenda legal já tinha sido pedida publicamente pela ministra para a Mulher e a
Infância e foi aprovada em meio à comoção no país pelo sequestro,
tortura, estupro e assassinato de uma menina muçulmana de 8 anos de comunidade
nômade.
Os
crimes aconteceram em janeiro último, mas as suas circunstâncias foram
reveladas na semana passada, depois que a polícia apresentou documento formal
de acusações, no qual apontou, além disso, para indícios de violência
religiosa.
Diante da
crescente onda de crimes na Índia, com destaque para os estupros, a população
daquele país vem recebendo aulas de autodefesa da polícia de Nova Délhi.
Estão
sendo processadas, no marco do julgamento pelo crime em tela, oito pessoas suspeitas
e detidas, entre elas quatro membros dos corpos de segurança.
Causaram indignação
na Índia o citado caso e a morte, após ser agredido duas semanas atrás, do pai
de uma menor de 16 anos, que tinha sido estuprada em junho de 2017, em um crime
do qual a família acusa um parlamentar regional do partido governante.
De acordo
com dados da Agência Nacional de Registro de Delitos da Índia, o número de
delitos contra crianças duplicou entre 2013 e 2016, passando de 58.224 a
106.958, e dos 38.947 estupros que ocorreram no país em 2016, 19.765 eram
menores de idade.
Como se
vê, a violência não é privilégio somente do país tupiniquim, porque a criminalidade,
principalmente no que se refere a estupro, vem se expandindo no mundo, principalmente
nos países de enorme população como a Índia.
A
diferença entre a Índia e o Brasil é que as autoridades indianas se mostraram
sensíveis aos veementes apelos da população, no sentido de adotar medida que
julgam conveniente e apropriada para combater a sanha da criminalidade, que igualmente
vem causando intranquilidade à população naquele país.
À toda
evidência, a pena capital, a ser aplicada na Índia, para os estupradores de lá,
seria considerada medida extremamente exagerada para os brasileiros, mas o que
não se pode mais, por não ser tolerável, é se permitir que a deplorável
situação referente às ocorrências de estupros continue a preocupar a população e
nada seja feito para, pelo menos, minimizar a escalada crescente dessa forma recriminável
de violência contra a mulher, principalmente as jovens, que são vítimas em
potencial, como o recente caso verificado em São Paulo, que foi noticiado na
mídia.
Como o
brasileiro se orgulha, em muito, da sua virilidade sexual, conviria de se
cogitar que, depois de devidamente caracterizado o crime de estupro, de forma
inquestionável, por meio técnico-científico, o estuprador fosse condenado à
pena de castração.
Certamente
que medida drástica como essa precisa ser adotada, com urgência, contra os infames
estupradores, principalmente com vistas a deixar marca indelével no seu libido,
de modo que ele fique, em definitivo, incapaz e impotente quanto à atração sexual
e isso seria, por certo, capaz de contribuir para a sensível diminuição dos
crimes de estupro, que têm sido alarmantes contra as mulheres e elas realmente
não merecem passar por terrível transtorno na sua vida.
Urge que
os brasileiros, tomando por exemplo medida de combate aos crimes de estupros
adotada na Índia, exijam das autoridades brasileiras incumbidas da segurança e da
proteção à mulher que providenciem medidas efetivas capazes de minorar a
incidência dos crimes de estrupo, com a aprovação de instrumento jurídico que
puna com a pena de castração os criminosos devida e comprovadamente incursos no
crime da espécie. Acorda,
Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 24 de abril de 2018
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