segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

A tolerância é possível



No dia 30 de dezembro de 2019, o Município de Cabrobó, Pernambuco, completou um ano sem o registro da ocorrência de assassinatos, fato que foi motivo de comemoração por seu povo, diante de caso inusitado, histórico e de bastante relevância, em termos de preservação da vida, em se considerando que a sua população é estimada em aproximadamente 35 mil habitantes, segundo dados levantados pelo IBGE, no exercício de 2019.
O último registro de homicídio ocorrido naquela cidade data do dia 30 de dezembro de 2018, quando um jovem foi assassinado.
          Não há a menor dúvida de trata-se de registro histórico da maior importância para aquela cidade, em termos de segurança pública, digno de comemoração, principalmente diante da constatação de que não há registros de que nenhum outro ano que tenha se passado sem que não tivesse havido assassinato naquele município sertanejo.
Este fato auspicioso também mostra que o nordestino não é homem bruto nem violento por natureza, quando muitas cidades conseguem que a sua população possa conviver em clima de harmonia e tolerância, quanto às relações entre seus habitantes, como é o caso em comento.
Em tom de brincadeira, eu, com a autoridade de cidadão brasileiro, ficha limpa, cumpridor dos deveres cívicos, concedo ao Município de Cabrobó, Pernambuco, o título de Nobel da Paz, diante da espetacular constatação de não ter sido registrado homicídio nessa cidade, no exercício de 2019.
À toda evidência, trata-se de fato de muito júbilo, que serve de modelo e inspiração para os demais municípios brasileiros, onde são alarmantes os índices de mortalidade, somente por homicídio, que certamente ultrapassam muitos casos de letalidade contabilizados em muitas guerras, mundo afora.
Este caso de tolerância em comunidade bem que poderia ser estudado por órgão do governo federal e disseminados seus resultados, em âmbito nacional, para que ele possa servir, de alguma forma, de exemplo de como é importante a preservação da valiosa vida humana, inclusive de se provar que é possível sim viver sem precisar matar ninguém, diante do sentimento de racionalidade inerente ao homem.
À toda evidência, está de parabéns o povo dessa cidade, por sua demonstração de civilidade e extrema educação, em especial respeito à vida humana, que precisa ser mais valorizada não somente nesse município pernambucano.
É exatamente assim que devem proceder as pessoas de bem, em demonstração de que a paz entre os homens é possível e se constrói na base da preservação da vida, mediante o diálogo, a compreensão e a tolerância, onde todos os cidadãos tenham bastante sensibilidade e responsabilidade no sentido de cumprir, à risca, com inteligência e racionalidade, os princípios e as condutas essenciais de dignidade e honradez, em consonância com as leis da vida, sem necessidade de agredir, de maneira alguma, o seu semelhante, diante da imperiosa necessidade de se viver em permanente harmonia, consigo e com Deus.
Convém que o Brasil inteiro tome conhecimento desse fato histórico, de extrema importância para o crescente desenvolvimento do ser humano, que tanto precisa de bons exemplos de civilidade, em termos de tolerância para com o seu próximo, como forma de valorização tanto da vida como dos princípios do amor cristão.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 6 de janeiro de 2020

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