Na crônica intitulada “Um grito de socorro pelo
Hospital Regional de Uiraúna”, foi feito veemente apelo para que seja aflorada
a sensibilidade dos homens públicos e da sociedade em geral, com vistas à viabilização
dessa unidade de saúde, de modo que possa garantir a necessária assistência
médico-hospitalar para os uiraunenses, tendo em conta que, por força da
legislação de regência da saúde pública do Brasil, é dever do Estado assegurá-la
indistintamente aos brasileiros.
Sensibilizadas com os termos da referida crônica, várias
pessoas se manifestaram em apoio ao meu apelo, a exemplo da prezada senhora
Bernadete Gonçalves, que, em demonstração de carinho, fez a seguinte explanação:
“O que esperar de uns políticos que não investe na saúde!!! Na educação!!! E
no bem estar do seu povo!!! Onde a única coisa que se prospera é a ganância
pelo dinheiro. Nós Uiraunense temos que valorizar seu voto, tem muitos que se
vendem troca seu voto por dinheiro, não pensa nas consequência que pode
acontecer. Por isso estamos prejudicados com a falta do nosso hospital que atendia
toda região principalmente os pobres onde ganhava seus filhos não precisava se
deslocar pra Cajazeiras, Souza etc. Eu mesma ganhei minhas três filhas nesse
hospital, sinto muita saudades e falta como muitos tem. Uma pena, mas
infelizmente uma realidade!”.
Em
resposta à sentida manifestação, digo que a avaliação da senhora Bernadete
Gonçalves tem muita pertinência, por todos os aspectos levantados por ela, em
especial no que tange à valorização do voto, porque ele precisa ser reafirmado
como forte arma democrática, por ser importante instrumento de decisão popular,
principalmente quanto ao entendimento segundo o qual o poder emana do povo e,
em seu nome, será exercido, quando isso é possível, o que parece não ser o caso
da maioria da população de Uiraúna, que colocou na mente que ali só existia um
político de verdade, enquanto os demais homens públicos, mesmo demonstrando
capacidade de gestão, não mereciam administrar o município.
É
importante que a população de Uiraúna tenha interesse em discutir, com a
participação efetiva da sociedade, as principais reivindicações da comunidade,
que precisam ser objeto de pauta ampla e prioritária, no sentido de que as questões
essenciais possam ser apresentadas aos candidatos à prefeitura, com a
sinalização muita clara de que somente terão votos quem se comprometer em
implementar ou defender a efetivação das matérias elencadas por essas lideranças,
evidentemente ficando alijados da aceitação popular aqueles que demonstrarem
desinteresse em apoiá-las.
Ou
seja, é de extrema importância que o plano de trabalho do futuro prefeito de
Uiraúna seja contemplado com as ideias principais oferecidas pelos eleitores,
que deverão ter decisiva participação no governo, em se tratando que o governo,
que se diz que seja do povo, compreende e se compromete com a realização de metas
indicadas pelo povo, evidentemente como adjutório, porque o prefeito que se
preza marcar a sua administração com obras de peso, entre elas o tão sonhado hospital.
Também
é preciso se ressaltar a importância da alternância do poder, tanto como forma
da necessária renovação da gestão pública como pelo imperioso cuidado de se
evitar o conformismo e o mesmice dos costumes, sempre prejudiciais à dinâmica
de administrações modernas de produtividade, competência e eficiência, que
precisam existir em benefício da população.
É
preciso que o povo de Uiraúna sinta na pele, como fogo ardente, a desgraça
representada pelo deplorável acontecimento na prefeitura, para que isso sirva não
somente de importante marco histórico, mas, em especial, lição política de como
é preciso e urgente a mudança de gestão, não aceitando a predominância de
liderança única, por mais que ela demonstre credibilidade, diante da
imprescindibilidade da alternância de poder.
Espera-se
que haja interesse do povo de Uiraúna pelo amadurecimento sobre o real valor do
seu voto, como instrumento valioso e poderoso no momento da escolha de seus
dirigentes, que devem estar em sintonia com os verdadeiros anseios da sociedade.
Brasília,
em 25 de janeiro de 2020
Nenhum comentário:
Postar um comentário