quarta-feira, 9 de abril de 2025

Guerra comercial?

         A secretária de imprensa da Casa Branca informou que as tarifas de 104% impostas pelos Estados Unidos, contra produtos chineses, entrarão em vigor a partir desta quarta-feira.

A aludida medida faz parte da escalada nas tensões comerciais entre os dois países. 

O presidente norte-americano afirmou que irá impor taxa adicional de 50%, caso a China não suspensa sua retaliação, até às 13 horas (horário local).

Mais cedo, aquela autoridade publicou em sua rede social que aguardava ligação da China, para discutirem as tarifas entre os dois países, mas, segundo ele, a conversa não aconteceu.

Durante a madrugada, o governo chinês declarou que não pretende voltar atrás nas medidas de retaliação e que continuará respondendo aos aumentos tarifários dos EUA.

Ainda assim, o país asiático destacou que "em uma guerra comercial, não há vencedores".

Essa acirrada guerra comercial tem o condão de mostrar o altíssimo nível de irracionalidade das autoridades dos dois países, precisamente porque são medidas de retaliação que vão restringir drasticamente importação e exportação, tendo como reflexo direto na produção dos dois país, que serão afetados também pelo desemprego, tudo contribuindo para tencionar as relações comerciais entre as nações.

Diante dos avanços da humanidade, é absolutamente incompreensível que as grandes nações resolvam ignorar os salutares princípios de civilidade e diplomáticos, vistos que as tarifas comerciais precisam ser estabelecidas conforme as conveniências dos países, tendo por base negociações diplomáticas, quando eles têm relações consolidadas, que é o caso entre as duas nações.

No caso das altíssimas tarifas estabelecidas em forma exclusivamente de retaliação, entre os dois países, ambos certamente vão contabilizar espetaculares prejuízos, que hão de refletir também no âmbito da sociedade, que é diretamente envolvida nessas loucuras.

A verdade é que o presidente norte-americano simplesmente chafurdou a ordem mundial, com as suas absurdas retaliações tarifárias, que têm a serventia de intimidação e submissão aos Estados Unidos.

Nem precisa entender de relações comerciais para se intuir que as aberrações implementadas pelo presidente que se acha “todo-poderoso” significa verdadeira loucura, pela precisão da desorganização comercial mundial implementada por ele, de vez que todas as nações mundiais estão ou serão afetadas negativamente, que é algo que não faz o menor sentido, quando o ideal seria o contrário, em forma de redução de tarifas, para o benefício dos países que mantêm  relações comerciais com os Estados Unidos.

Espera-se que o presidente norte-americano possa readquirir, o mais rapidamente possível, as noções normais de sensatez, racionalidade e civilidade, com vistas à retomada da consciência sobre os estragos causados à ordem mundial, no que se refere às relações comerciais, de modo que possibilite a imediata revisão de suas medidas absurdas, no âmbito das relações comerciais.

            Brasília, em 8 de abril de 2025

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