domingo, 27 de abril de 2025

O jovem político

 

Um jornalista entendeu de enaltecer mil qualidades do presidente da Câmara dos Deputados, afirmando que ele é estrela em ascensão na política brasileira, inclusive disse que teria sido o escolhido pelo seu antecessor, mas ele se esqueceu de citar os casos de denúncias sobre atos irregulares atribuídos à autoria dele e outras situações envolvendo negociatas para se eleger, tendo falado que ele era o presidente da Câmara Alta.   

Com as devidas vênias, somente o Senado Federal ostenta o título de Câmara Alta, enquanto a Câmara dos Deputados é mais conhecida por Câmara Baixa.

Na minha modéstia concepção, o nobre parlamentar citado no brilhante parecer vem enfrentando tempestades pesadas de toda ordem no curso do seu relevante compromisso de comandar seus pares.

O principal delas diz respeito à avalanche de acusações sobre malversação de dinheiro público, que ele terá que explicar na Justiça.

Em princípio, não se pode julgar ninguém antecipadamente, sem as conclusões das investigações e do julgamento judicial. Isso condiz com o direito e o respeito ao sagrado princípio constitucional da presunção de inocência, que, eventualmente, precisa ser provada perante a Justiça.

Não obstante, isso por si só já é enorme pedra no caminho do jovem parlamentar paraibano, cujos outros importantes predicativos do nobre presidente da Câmara Baixa foram brilhantemente elencados no elucidativo parecer em comento, obviamente sem se adentrar nesse detalhe referente ao desvio de verbas públicas, além de importantes motivos do envolvimento dele com os grupos da pior espécie que compõem o famigerado Centrão.

Esse repudiado grupo é conhecido pelo nefasto fisiológico com recursos públicos, tendo a liderança do padrinho político dele, conforme foi citado no aludido parecer.

Importa apenas se intuir que a verdadeira liderança política não depende do apadrinhamento de poderosos suspeitos de falcatruas, como, em especial, o envolvimento com o dinheiro do funesto orçamento secreto, por onde se gasta sem necessidade de prestação de contas sobre a regularidade das aplicações.

O líder de verdade é aquele como o astro que tem luz própria e não depende de ajuda de ninguém para ser autêntico no que faz, ao contrário de quem é apenas por circunstâncias, com o emprego de negociatas com políticos sem qualificação, posto que precisa, por conta disso, ficar preso aos compromissos assumidos com eles, que é exatamente o caso que vem se verificando, na atualidade.

Enfim, seria interessante que a exaustação ao brilhante jovem deputado federal paraibano contivesse somente atributos com destaque exclusivamente de ações próprias, mostrando os seus verdadeiros méritos pelas condições adquiridas como fizeram os notáveis políticos do passado, citados no lúcido parecer.

Brasília, em 26 de abril de 2025

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