segunda-feira, 7 de abril de 2025

Aviso divino?

 

Em mensagem que circula na internet, o último ex-presidente do país declarou, sem prestar maiores informações, que “Recebeu aviso divino para sair do Brasil, em 2022.”.

 Embora o político tivesse recebido aviso divino para sair do país, conforme se afirma, ele deveria ter resistido ao aconselhamento celestial, por se tratar do cumprimento de missão demandada a ele pelo povo, em que ele jamais deveria ter abandonado o Brasil, senão depois de cumpri-la integralmente, dando a ideia, ao contrário, que ele teria fugido da sua responsabilidade oficial, sem que ele tivesse apresentado as devidas justificativas, de forma clara e convincente, fato que configura abandono do cargo presidencial antes do fim do mandato.

A verdade é que ficou muito ruim para o político que larga o seu país sendo, na ocasião, o seu mandatário, frise-se, sem dizer exatamente os motivos que justificasse tamanho despropósito, uma vez que era da sua obrigação cumprir o mandato para o qual ele foi eleito até o último dia, salvo diante de motivação de força maior que o impedisse de continuar na direção do país, de modo a realmente justificar medida da maior insensatez política, como de fato aconteceu.

A verdade é que, frise-se, ficou realmente muito ruim para o ex-presidente do país vir afirmar, agora, que Deus avisou que ele devia deixar o Brasil, quando era necessário que isso fosse dito antes de ele fugir e tivesse a dignidade de esclarecer o motivo pelo qual ele devia abandonar o cargo, evidentemente para justificar o ato, ante a relevância do cargo presidencial.

Caso o político tenha o mínimo de dignidade, pode e deve, agora, comprovar o recebimento do aviso divino, justificando exatamente os motivos nefastos ou prejudicais que poderiam resultar na permanência dele no Brasil.

À luz da seriedade e da dignidade, não basta se somente afirmar, agora, o recebimento de aviso divino para ele abandonar o Brasil e os brasileiros, de vez que isso tem a conotação de desculpa mais evasiva possível como forma de tentativa de alguma credibilidade, principalmente porque o fato em si não corresponde a nada com a mínima plausibilidade, nas circunstâncias, quando importava mesmo que ele concluísse o seu mandato, com ou sem aviso celestial, que não condiz com a seriedade que precisam ser tratados os atos do verdadeiro estadista.

Enfim, os brasileiros continuam esperando as devidas justificativas por parte do ex-presidente do país, as mais convincentes possíveis, sobre a desesperada saída do presidente do pais, procurando abrigo em outro país, antes do término do mandato, ficando claro que essa desculpa de aviso divino não convence sequer a uma inocente criança.

Brasília, em 7 de abril de 2025

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