Em
resposta, eu disse à querida prima Zelinha que moro em Brasília, mas sempre
estou antenado com os assuntos de Uiraúna, a minha querida terra natal, que me
aqueceu no berço sagrado e onde permanece o meu cordão umbilical, que me atrai
sempre para a minha origem.
Tenho 59
anos de vivência em Brasília, mas não passa um dia sequer que a minha mente não
esteja lembrando ou em sintonia com algo de minhas origens.
Acredito
que esse amor somente existe no coração de quem nunca saiu de Uiraúna, mesmo
estando distante, como eu, evidentemente por obvias razões, quando, na minha
juventude, não havia a mínima esperança de melhoria de vida.
Em
Uiraúna, era sempre muito difícil para todo mundo, que vivia na base dos
arranjos, sempre na esperança nunca alcançada de dias melhores, fato que
aconselhava a busca por outras plagas distantes do meu querido lar.
Que bom,
querida prima, que você tenha enxergado esse lado meu uiraunense de ser, que
faz parte do conjunto da minha felicidade.
Muito
obrigado.
Brasília, em 13 de abril de 2025
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