“Quem
aqui viveu a infância
Sabe
exatamente a distância
Entre
sonhos e a realidade
(...)
Mas eu
era uma criança
Se era
difícil eu não sabia
(...)”.
Caro
poeta irmão Vandenildo, a par de parabenizá-lo pelo belo texto, digo que também
fui criança da roça igual a você e senti na pele as dificuldades da infância,
pois precisei puxar a enxada trazendo o mato para junto de meus pés calejados
pela terra quente.
Aprendi o
que era muito difícil a vida de criança desde tenra idade, quando eu trabalhava
no roçado, especialmente no inverno, pela parte da manhã e depois saia do sítio
Canadá, em pleno sol do meio-dia, direto para o Grupo Escolar Jovelina Gomes,
justamente para conseguir complementar o saber de gente que precisava comer e
aprender, que compreendia, necessariamente, esse penoso processo de trabalho
duro na roça e alívio nos estudos.
Diz o
ditado que se aprende trabalhando e estudando e foi exatamente isso que se
resumiram alguns dias da minha difícil infância, que muito agradeço a Deus, por
ter me dado o tamanho das forças que me ajudam a contar um pouco de mim, agora.
Ou seja,
agradeço ao Pai celestial por Ele ter me proporcionado a importante experiência
de muitas dificuldades, na infância sertaneja, para que eu pudesse, mesmo sem
ao menos perceber, dizer que as situações difíceis tinham sentido e propósito,
porque elas certamente ajudaram a glorificar toda a minha vida.
Deixo
muito claro que as dificuldades nunca prejudicaram a minha felicidade, na
infância, pois sempre fui uma criança feliz e de bem com a vida, posto que
jamais reclamei de absolutamente nada, certamente na certeza de que a bonança
haveria de vir, como de fato acredito que veio, até com muita abundância,
graças a Deus.
Obrigado,
meu Deus, pelas dificuldades vividas!
Brasília,
em 18 de abril de 2025
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