segunda-feira, 21 de abril de 2025

Insensibilidade

 

Diante de imagens publicadas na internet, em forma de vídeo, em que a figura humana é representada propositadamente por animal, em figura de cavalo, burro ou jumento, eu desenvolvi a tese de que isso não condiz com os princípios de civilidade e humanismo, por haver nisso nítida intenção de desprezo, ira ou vingança, evidentemente contrário à dignidade humana, não fazendo, no texto, qualquer ilação a atos de corrupção e muito menos defesa senão da dignidade humana.

Estranhamente, de maneira completamente insensível à minha mensagem absolutamente séria, quem patrocina essa forma de selvageria procura justificá-la postando matérias referentes a atos de corrupção praticados por políticos relacionados com o desvio de recursos públicos, sem qualquer referência direta à minha mensagem, que seria o razoável.

 Penso que está havendo gritante equívoco de interpretação quanto ao que eu escrevi, que diz respeito exclusivamente ao evidente desprezo à forma desumana de se equiparar o ser humano a animal irracional, algo que não tem nada a ver com os casos patentes de corrupção, visto que são situações visivelmente distintas, caso em que estranho bastante, porque parece até que eu esteja defendendo a corrupção, o que não é nada disso e o bom entendedor percebe isso claramente.

Os meus textos tratando exclusivamente da desumanidade atestam precisamente a insensibilidade de quem despreza o ser humano, por puro sentimento de ódio, de vingança ou por índole de puro desprezo, mesmo, fato este que contraria mortalmente os princípios cristãos e humanitários, sob a minha ótica.

Ou seja, em momento algum eu me manifestei, nos textos acima, sobre casos de irregularidades com dinheiro público, não sendo justa a colocação de assuntos nesse sentido, dando a entender que os casos de corrupção justificam perfeitamente a tentativa de se agredir e denegrir a imagem do ser humano, quando, na verdade, isso somente mostra a pequenez e a estupidez de quem utiliza essa modalidade mesquinha de se tentar ferir com imagens animalescas, de forma nada inteligente, quem odeia e abomina por meros princípios ideológicos.

Por oportuno, consigno, com muita clareza, que não defendo ninguém, senão o direito à dignidade humana, não importando, no caso, questões ideológicas.

Enfim, gostaria de dizer que o meu propósito foi apenas de tentar ajudar a quem precisa se conscientizar de que essa forma de comportamento extremamente agressivo e selvagem não condiz com os sentimentos de racionalidade, sensatez, humanismo e civilidade, tendo o condão de intensificação da polarização que somente contribui para o distanciamento da sociedade, que poderia viver em ambiente de harmonia, paz e amor.

Brasília, em 21 de abril de 2025

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