quarta-feira, 30 de abril de 2025

O conclave

 

Depois do funeral do papa, os cardeais que escolherão o próximo pontífice estão realizando uma série de reuniões informais, com vistas à preparação para o importante conclave que terá início a partir de 5 de maio, período em que, trancados na Capela Sistina, votarão no nome que permita o envio da fumaça branca da chaminé, anunciando Habemos papam.

As principais correntes cardinalícias já se manifestaram sobre o processo eleitoral, no sentido de que o perfil do sucessor do trono de São Pedro deve ser unificador, tendo a importante finalidade de agregar tanto os mais progressistas quanto os conservadores, diante da fissura existente na Igreja Católica.

Sim, há enorme especulação sobre quem do Colégio Cardinalício poderá ser o próximo papa, que será certamente aquele que melhor se encaixar no perfil já definido entre a maioria dos cardeais.

Na atualidade, existem 252 cardeais no total, oriundos de ampla gama de países, tendo a maioria a própria Itália, onde se situa a cidade do Vaticano, a casa do santo padre.

A verdade é que os cardeais têm variadas concepções sobre os assuntos que permeiam os interesses da igreja, cujas ideias são defendidas por cada qual e elas serão objetivo de avaliação no conclave, de modo que será vencedora aquela que melhor se harmonize com os objetivos do Vaticano, tendo em vista os representantes das alas predominantes, entre os tradicionalistas da igreja e os liberais.

Atualmente, 12 dos 22 cardeais mais proeminentes da igreja são considerados papais, no círculo do Vaticano, merecendo a chancela de papabili e a confiança do voto.

Esses cardeais são fortes candidatos ao trono papal, por serem mais jovens e demonstrarem possuir os atributos de lideranças exigidos para o importante cargo.

Especula-se que, à vista do crescimento e a vitalidade do catolicismo nos países em desenvolvimento, em comparação com o declínio do cristianismo no Ocidente, o próximo papa desembarque da África.

Não obstante, o papa pode vir da Europa, especialmente da Itália, embora em se tratando que o catolicismo é religião universal, é muito provável que ele vinha de fora do mundo eurocêntrico, mas também é muito improvável que ele seja sul-americano, uma vez que o último pontífice era argentino.

Enfim, a esperança é a que o próximo papa tenha a sabedoria divina de agregar todas as forças da Igreja Católica em comunhão ao único propósito de consolidação e a prática dos princípios emanados do Evangelho de Jesus Cristo, de modo que a instituição possa satisfazer os anseios do catolicismo verdadeiro e de qualidade, ou seja, que o herdeiro de São Pedro saiba apascentar com moderação e inteligência o rebanho sob os seus cuidados.          

Brasília, em 30 de abril de 2025

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