Segundo
pesquisa realizada pelo Ibope, a aprovação pessoal da presidente da República manteve-se
estável, em 77%, enquanto a aprovação do governo passou de 56% para 59% dos
entrevistados, que o consideram bom ou ótimo. A pesquisa ouviu 2.002 eleitores
com 16 anos ou mais, em 141 municípios. Por área, a melhor avaliação está
ligada à economia, quanto às taxas de juros, ao combate à inflação e aos impostos.
Com certeza, os entrevistados são pessoas que vivem alheias à realidade do
país, que, em matéria de governabilidade, vem passando, há bastante tempo, por verdadeiros
momentos de completa acefalia, diante da falta de políticas públicas de
qualidade e de priorização para solucionar as graves deficiências em todos os
programas governamentais, à exceção do assistencialismo consistente no bolsa
família, que tem se mostrado bastante eficiente, onde o governo tem conceito elevadíssimo.
Nos demais casos, ninguém pode negar a existência do caos que reina nos
principais programas de governo, tais como: a) o recrudescimento da violência e
da criminalidade, com o crescimento de homicídios, de assaltos de diversas
naturezas, de tráfego de entorpecentes, facilitado pela devassidão das
fronteiras brasileiras, sempre desprotegidas e livres para a passagem de drogas,
e tudo isso tendo a firme contribuição do total desestímulo das polícias
militares, que são pessimamente remuneradas e têm deficiência de pessoal, preparação
e material de apoio; b) a falta de assistência à saúde, onde os hospitais estão
sempre abarrotados de doentes, onde, em muitos casos, terminam morrendo sem o
devido atendimento, por inexistirem condições adequadas, como pessoal,
medicamentos e instalações médicas; c) atraso na educação, que carece de
modernização e aperfeiçoamento, para propiciar qualidade à altura dos avanços
tecnológicos e científicos, além de melhoria da remuneração dos professores,
bastante defasada ante a sua importância para a formação intelectual da
sociedade; d) defasada infraestrutura básico, obrigando a sociedade é obrigada
a conviver com verdadeiro atraso e subdesenvolvimento quanto ao saneamento
básico, abastecimento de água, sistemas de esgotos etc. e tantos outros programas
que se encontram desatualizados em relação às reais necessidades sociais. Além
dessas mazelas também é fácil reconhecer a incompetência desse governo e a sua
falta de coragem para enxergar a urgente necessidade da implementação de
reformas estruturais, com a finalidade de acabar com os gargalos que emperram o
desenvolvimento socioeconômico do país. A pesquisa, mais uma vez, evidencia que
os entrevistados ignoram a realidade do país e respondem os quesitos sem responsabilidade
e sem consciência de que o seu resultado contribui, enfim, para o comodismo do
governo, que considera a sua altíssima aprovação como termômetro de satisfação
dos brasileiros, quando, na verdade, tão somente 2.002 eleitores, sem a mínima
condição de avaliar as relevantes atribuições e competências da mandatária, não
podem afiançar que o governo continue inerte e leniência com as deficiências e
o atraso nos programas do Estado. Urge que a sociedade se desperte dessa eterna
letargia e se conscientize sobre a necessidade de conhecer as reais precariedades
do país, para que possa se manifestar com segurança, coerência e de forma
adequada sobre o gerenciamento desse governo, que não merece tamanha e absurda
aprovação, à luz da verdade e do que deixa de fazer para o benefício da nação.
Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de junho de 2012
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