Há
muito pouco tempo, comenta-se no seio dos políticos a possibilidade de o maior
líder petista pedir asilo diplomático, como forma de escapar da iminente
prisão, conforme matéria publicada na revista IstoÉ.
A
aludida alternativa tem o amplo apoio das lideranças e dos caciques petistas,
ante a possibilidade de o político ser obrigado a transitar em camburão, mas o próprio
ex-presidente negou que isso pudesse ocorrer, tendo procurado despistar de
imediato tal situação, sob a alegação de princípios, que teria afirmado: “A palavra fugir não existe na minha vida”.
É
evidente que não passaria de gigantesca surpresa que pretenso foragido assumisse
previamente que tem intenção de fugir do país, uma vez que o sucesso da
operação dessa magnitude precisa contar com o fator sigilo, para que ela seja
exitosa.
O
petista se encontra em situação muito delicada e estar à procura de salvar a
própria pele, tendo como mira abrigo em alguma embaixada ou em países de
ideologia que tenha a sua simpatia e que já abraçaram, em termos de apoio, a
sua causa.
A
intenção do pedido de asilo já foi bastante ventilada e claramente manifestada
por simpatizantes e aliados, mesmo por que, no seio do partido, é forte
tendência que se trata de medida inevitável.
Acontece
que o cerco vem se fechado contra ele, em velocidade bastante incompatível com
o normal ritmo lento da Justiça e ainda sob as perspectivas de novas
condenações, desta feita ainda mais robustas, o que pode complicar cada vez
mais a sua situação política.
Todo
esse quadro de desespero se harmonia com a falta de resposta imaginada que o
povo iria socorrê-lo no exato momento do desfecho pronunciado da sua condenação
pelo tribunal de apelação, o que o obrigou a cair na realidade de que os
brasileiros já o tratam como alguém de índole realmente malévola e contrária ao
interesse público, diante das robustas denúncias da prática de irregularidades,
razão pela qual ele precisa pagar por seus atos inquinados de irregulares, à vista
do veredicto da Justiça.
Há
verdadeira demonstração de revolta por parte do político, que não consegue
evitar o sentimento de irascibilidade, ao pronunciar, de forma reiterada, palavrões
a torto e a direito, com agressões contra agentes e instituições públicos, dando
sinais de não aceitação sobre o sombrio destino que a Justiça reserva para o
seu triste futuro.
Interlocutores
dele dizem que a experiência na cadeia, há décadas, deixou nele marcas
profundas, ressurgindo o ardente temor de ser obrigado a passar novamente pela
mesma dura situação.
O
conjunto desses fatos, somada à perspectiva de encontrar no exterior
ressonância à sua pretensa causa de se apresentar como perseguido e vítima de
golpe, fortalece a ideia da ida para exílio voluntário, o que não será nenhuma novidade.
Fato
é que já se sabe que, na surdina, alguns países vizinhos, tendo ouvido o
murmúrio sobre possível fuga, têm mandado sinais ao político de que o receberão
de portas abertas, caso seja o seu interesse em sair do Brasil, evidentemente
para se livrar da prisão.
Só
aqui na vizinhança, o político tem enorme fronteira para se refugiar, pois
conta com a simpatia de países socialistas, como a Venezuela, Cuba e Bolívia, além
de países do continente africano, em localidades como Argélia e Etiópia.
Com
relação à Etiópia, o petista tinha até viagem marcada para lá, para dar
palestra sobre o espetaculoso tema da “corrupção”, por se imaginar que ele é
sumidade nessa especialidade, cuja fala dele era esperada com enorme expectativa,
mas a Justiça houve por bem apreender o seu passaporte e a viagem foi cancelada.
Na
ocasião, o político gravou vídeo para acusar perseguição, tendo conquistado a
simpatia do mandatário daquele país, a tal ponto de, posteriormente, ter vindo
informação de que a Etiópia não se opõe em dar guarida política a ele.
À
toda evidência, é estranho e até surpreendente que as autoridades brasileiras ainda
não tenham tido o cuidado da precaução para se evitar essa possível e potencial
fuga, visto que o político goza do pleno direito de liberdade, embora seja
cidadão condenado, que precisa pagar por seus erros.
Não
se sabe se existe ou não plano de fuga para o principal político brasileiro,
mas é notório que não há a menor dúvida de que o cerco vem se fechando em
velocidade insuportável e incontrolável contra quem se considera inocente, mas
não conseguiu reunir, mesmo que minimamente, um dedo de provas contra as fortes
denúncias aceitas pela Justiça, que se transformaram em verdade e deixaram o
petista desesperado, vendo a sua áurea de imaculabilidade ser mandada para o
espaço sideral, ficando ele sem terreno e desesperado.
A
situação do petista se harmoniza muito com o velho adágio que diz: “se ficar, o
bicho come e, se correr, o bicho pega”.
É
preciso apenas escolher qual será a opção menos traumática, porque a água já
chegou exatamente no pescoço e qualquer cochilo é o fim de linha para quem se
acha todo-poderoso.
Pobre
político que teve todo poder do mundo aos seus pés e se alimentava da néctar da
onipotência e da prepotência, nunca imaginando que esse momento trágico poderia
bater à sua porta, de forma tão melancólica, mas com a devida justiça, à vista
de ter se colocado acima do bem e do mal, pensando que a sua sublime influência
seria capaz de blindar seus malfeitos e ganhar facilmente as demandas judiciais,
na base do grito, da crítica e da agressão às autoridades e às instituições, pensando
que estivesse acima das leis, mas o tiro saiu pela culatra e aquele que já foi
o mais poderoso e influente do país não passa agora de alma penada, que não
sabe se corre ou se fica, mas pressente que o bicho se aproxima para pegá-lo. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 27 de fevereiro de 2018
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