O vice-presidente do PT afirmou que o partido
irá defender a candidatura de seu líder-mor à Presidência da
República até o fim, tendo afirmado que “(...) A gente não admite essa sentença com a inocência dele”, tendo reforçado
que o voto nele está bem consolidado, apesar de “toda a pancadaria” que ele sofre da mídia.
Ele
também ressaltou que, apesar do impeachment da então presidente, a direita
está fragmentada no Brasil, visto que “Quem
fez o golpe no País não conseguiu construir lideranças que mantenham
as políticas do golpe. A única liderança que semearam e nasceu da intolerância
é o (deputado federal) Bolsonaro. Vão
ter que se resolver entre eles”.
Ele
ressaltou que candidatos como o governador de São Paulo têm pouco a
mostrar e muito a esconder, “com os cartéis
de trem, das concessões rodoviárias, de todos os escândalos agora da merenda
escolar”.
Com
relação ao referido governador, o petista ainda afirmou que se trata de “(...) figura que não tem projeto para o Brasil. O Brasil não é o estado de
São Paulo”.
O
petista reforçou a violência de potencial impedimento de candidatura do
ex-presidente, por considerar que isso representa ataque ao direito de voto de
parcela expressiva da população brasileira.
O
petista afirmou que, “Se quiserem
inviabilizar a candidatura do Lula, vão pagar o preço disso. Vamos fazer um
debate muito intenso com a sociedade brasileira sobre a violência que querem
cometer de impedir que o Lula participe das eleições. Para nós, está muito
claro. O Lula não participar é tirar o povo do jogo, é permitir que o povo não
jogue as eleições.”.
O
petista considera importante que, para 2018, haja a formação de ampla aliança
de centro-esquerda, com vistas à necessidade de se eleger base sólida para o
Congresso Nacional.
O
vice-presidente do partido concluiu afirmando que “Em 2002, chegamos a cerca de 90 deputados e nós queremos daí para mais,
para atingir a maior bancada e para isso todo esforço de conversar com
companheiros e companheiras que já foram candidatos a cargos majoritários, já
tiveram outras posições, foram candidatos a governadores, senadores em outras
situações poderem ser candidatos a deputados federais para ampliar essa bancada
do partido”.
Embora
o partido e os petistas digam que não vão admitir a sentença de prisão de seu
maior líder político, por acreditarem na inocência dele, a defesa do
ex-presidente não conseguiu sensibilizar o mínimo que seja os espíritos dos
julgadores, que se basearam nas provas dos autos, certamente com respaldo na
materialidade da autoria dos fatos denunciados na Justiça, para condená-lo conscientemente
à prisão, evidentemente diante da caracterização dos graves crimes de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro, praticados por homem público com suntuoso
predicativo ostentado por pouquíssimos que conseguiram ser presidente da República.
Daí
ser extremamente degradante que se insista na candidatura de quem é acusado e
denunciado à Justiça por ter sido beneficiário de presentes indevidos, por meio
de propinas, fato que não combina com o título de quem presidiu o país e agora
não tem as mínimas condições morais para sequer pensar em se candidatar, quanto
mais de pretender voltar a sentar no trono presidencial, considerando que é
absolutamente impossível que alguém condenado à prisão e respondendo a seis
processos na Justiça, como réu, venha a se eleger ao cargo máximo da nação
carregando sobre seus ombros a marca indelével das graves denúncias de
irregularidades, que são incompatíveis com a dignidade que precisa ser
acentuada, em se tratando da República do Brasil, que precisa ter seus valores
e princípios respeitados, honrados e glorificados.
Não
existe violência nenhuma contra a candidatura do ex-presidente, bastando apenas
que ele consiga provar na Justiça, não com falácia que os petistas acreditam
piamente, mas sim com elementos juridicamente válidos, a sua inocência com
relação aos fatos denunciados na Justiça, que é condição sine qua non para que ele se torne Ficha Limpa, mostrando a sua
inculpabilidade sobre os fatos cuja autoria lhe é atribuída, cujas provas foram
lançadas à saciedade pelo desembargador-relator do último julgamento, que ficou
horas e horas a fio mostrando-as, de forma discriminadamente, com minúcias e
absolutos pormenores, mas os petistas e idólatras preferem não acreditar na
verdade sobre as investigações, diante do irremovível sentimento de que o
ex-presidente é incapaz de cometer qualquer delito, por menor que seja.
Quem
precisa pagar o preço não é ninguém senão o próprio denunciado à Justiça, que
foi incapaz de contestar os fatos inquinados de irregulares, que, diante da
plausibilidade e consistência da sua materialidade sobre a autoria deles, o
legou à prisão, sendo enquadrado como autêntico Ficha Suja e impossibilitado de
se candidatar a qualquer cargo, justamente por ter se tornado inelegível, já
que foi condenado por colegiado da Justiça.
Como
consequência, o político foi enquadrado nas normas insculpidas na Lei da Ficha
Limpa, que tem o poder moralizador de afastar dos palanques e pleitos
eleitorais os homens públicos que se tornaram indignos de exercer cargos
públicos eletivos, visto que deles são exigidos os requisitos básicos de
idoneidade e conduta ilibada, princípios próprias e inerentes aos homens
públicos imaculados e insuspeitos quanto à sua história pregressa na vida
pública, o que não é o caso do candidato que os petistas, ignorando suas falhas,
insistem na sua candidatura, em verdadeira afronta aos anseios dos brasileiros
pela urgente moralização da política e da administração do Brasil, que não
merece que homens públicos sob fortes suspeitas da prática de atos de corrupção
sejam representantes do povo.
Os
brasileiros precisam se conscientizar, diante da sua responsabilidade cívica e
patriótica, de que se trata de gigantesca violência aos salutares princípios
republicano e democrático a forma esdrúxula com que os petistas insistem em
empurrar de goela abaixo do povo a candidatura de político sem as mínimas
condições éticas e morais à Presidência da República, tendo como possível
explicação senão a conquista do poder, para viabilizar a blindagem contra a
ação da Justiça, com respaldo no foro privilegiado, ante a pletora quantidade
de denúncias que pesam sobre os ombros dele. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 9 de fevereiro de 2018
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