segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Estarrecimento aos princípios


Diante da crônica que procurei analisar o resultado de pesquisa versando sobre o desempenho do presidente da República, uma atenta e inteligente cidadã se manifestou, afirmando que as “Pesquisas estão em descrédito, principalmente para os ditos eleitores de Bolsonaro que votaram nele sabendo como ele é. Essa questão comportamental é o que mantém vivo o eleitorado que votou porque ele diz o que pensa e muitos gostariam de dizer.”.
Em resposta à aludida mensagem, eu digo, com todo respeito, que ouso discordar em parte da opinião em comento, para afirmar que a grande maioria de quem votou no atual presidente o fez com as absolutas certeza e segurança, ao contrário, que sabia e conhecia bastante os governos anteriores, da forma como o Brasil foi administrado, que tem bastante diferença do que é afirmado na mensagem acima.
Os eleitores do atual presidente sabiam perfeitamente quem ele era no momento do voto, inclusive que ele nunca tinha sido presidente da República antes, não tendo parâmetros para se fazer avaliação sobre a gestão dele, justamente porque ela nunca houve.
Na verdade, os fatos que estão acontecendo agora fazem parte da salutar e natural alternância do poder, como forma de eleger o representa que seja o mais ideal para se atender aos objetivos pretendidos pelos brasileiros, como forma natural de se encontra alguém com efetivas capacidades para a realização de trabalho que possa verdadeiramente satisfazer aos interesse do Brasil e da população, principalmente quanto ao respeito aos princípios republicanos, pertinentes à ética, moralidade, transparência, dignidade, probidade, entre outros que tenham como resultado a plena satisfação do bem comum.
Ou seja, na próxima eleição, os brasileiros terão, se for o caso, porque o governo ainda nem completou sequer um ano de gestão, nova e especial oportunidade para escolher o melhor candidato da ocasião, evidentemente tendo por base o desempenho demonstrado pelo presidente atual, que vem sendo criticado logo em apenas pouco mais da metade do primeiro ano de seu mandato, faltando ainda mais de três anos.
Quem sabe se um entre os novos candidatos seja melhor do que o atual e os anteriores governos, tendo chances de acertar suas metas de governo com os anseios da população, que possa atender às suas ansiedades plenas, inclusive no que diz respeito aos princípios da competência, eficiência, efetividade e, em especial, moralidade, que tanto contribuíram para a desgraça do Brasil, em termos da administração pública.
 Em que pesem os notórios tropeços de governos anteriores, mesmo assim, a falta de consciência de muitos brasileiros ainda implora pela volta de passado nebuloso, cujo legado nefasto não tem como ser negado e jamais esquecido, por sido responsável para levar o país à bancarrota e ao abismo econômico, conforme mostram os fatos.
A propósito, é importante que se relembrem, para quem já se esqueceu, os fatos que aconteceram em governos passados, na consistência de rombo das contas públicas; impagável dívidas públicas, com o alarmante montante de cerca de quatro trilhões de reais; recessão econômica; descrédito do mercado internacional; aparelhamento da administração pública; péssima prestação dos serviços públicos à população; progressiva diminuição da arrecadação; falta de investimentos públicos e privados; inexistência de obras públicas de impacto; astronômico aumento do desemprego; criação exagerada e injustificável de estatais; construção de obras públicas, com dinheiro dos brasileiros, em países alinhados com o socialismo, quando o Brasil precisava das mesmas obras; inchamento da máquina pública; visceral resistência às reformas estruturais do Estado; institucionalização do execrável fisiologismo na gestão pública; populismo exacerbado, em benefício pessoal; institucionalização de esquemas de corrupção, a exemplo do mensalão e do petrolão, entre outras, com a finalidade de desvio de dinheiro para o financiamento de campanhas eleitorais milionárias, para se assegurar a perenidade no poder; entre outras medidas extremamente prejudiciais ao interesse do Estado e da população, conforme mostram os fatos.
Em síntese, trata-se de rosário de decrepitude gerencial e administrativa que foi praticamente dissimulado da opinião pública por ações assistências, representadas por programas de distribuição de renda, que são importantes, em termos sociais, não fossem o seu viés finalístico direcionado para objetivos eleitoreiros, como têm se confirmado, na prática e de forma efetiva, nas eleições presidenciais, em que determinado partido conseguiu atingir, na última eleição, em determinada região do pais, em média, 70% do eleitorado.
Esse resultado somente pode ser explicado pelo sentimento de gratidão por algo que foi realizado, pasmem, com o uso de recursos públicos, estando estritamente dentro da obrigação constitucional de o Estado socorrer a quem tem carência financeira, como é exatamente o caso do Bolsa Família, que se trata de programa que qualquer governo mediano é obrigado a sustentar, não importando a sua ideologia, nem de direita e muito menos de esquerda, a exemplo do governo atual, que é de direita, mas já se comprometeu a incrementar o benefício com o pagamento do 13º salário.
Convém, por dever de justiça, se observar que o atual governo tem evitado a prática de atos lesivos ao patrimônio dos brasileiros, procurando administrar o Brasil em estrita observância aos salutares princípios republicanos, ao imprimir, na sua gestão, práticas condizentes com a moralidade, eficiência, eficácia, dignidade e outras que evitem a degradação dos orçamentos públicos, ressalvados alguns deslizes que estão sendo objeto de censura por parte da sociedade, notadamente na falta de polidez diplomática que se exige dos estadistas modernos, que têm o dever de primar pelo culto à fina educação no relacionamento com as nações amigas, a imprensa, os adversários e a população em geral, conquanto ele ainda demonstra falta de familiaridade com os manuais de boas maneiras, que fazem parte da liturgia própria do príncipe da República.
Vejam-se que o programa Bolsa Família, tão idolatrado nos governos do passado, o atual presidente não só o preservou, mas ainda o incrementou com o pagamento do 13º salário, o que bem demonstra o seu respeito à assistência indispensável à população carente, o que não poderia ter sido diferente, por se tratar de programa de Estado, que precisa sim ser preservado por todos os governos, não importando a sua ideologia política.     
Diante dos fatos, que são realísticos, é preciso que os brasileiros se conscientizem, sob o sentimento e a responsabilidade cívica e patriótica, de que é de suma importância que haja permanentes mudanças na administração do Brasil, com embargo de apoio político aos homens públicos que já mostraram a sua personalidade, a sua índole política, cujos resultados são capazes de estarrecer os princípios da administração científica moderna, que tem por primordial objetivo o conjunto macroeconômico, o conjunto das ações e as políticas públicas próprias do Estado, com vistas à consecução do desenvolvimento socioeconômico.   
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 2  de setembro de 2019

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