O
governador de São Paulo, depois de ter sido chamado, de forma jocosa e desrespeitosa,
de "ejaculação precoce"
pelo presidente da República, reagiu e disse que foi criticado da mesma maneira
pelo ex-presidente da República petista, em 2016, quando venceu o candidato
dele, no primeiro turno, na disputa pelo cargo de prefeito da capital paulista.
O
mencionado tucano disse que "O Lula também falava isso em 2016, quando
eu me apresentei como pré-candidato do PSDB às prévias do meu partido. E, para
tristeza do ex-presidente e hoje presidiário Lula, eu não só ganhei as eleições
na capital como ganhei no primeiro turno do Fernando Haddad, que era então o
candidato que o Lula carregava no colo e dizia que seria facilmente reeleito".
Em
café da manhã com jornalistas da Folha de S.Paulo, o presidente do país
havia afirmado que o governador de São Paulo não tem chance nas eleições
presidenciais de 2022, porque é uma "ejaculação precoce", em
possível afirmação diante da possibilidade de o tucano adiantado que pretende
concorrer ao Palácio do Planalto, na próxima eleição.
Na
avaliação do presidente brasileiro, o político tucano deveria pensar "talvez"
somente nas eleições de 2026, porque ele "não tem apoio popular",
como se ele fosse visionário eleitoral.
Enquanto
isso, o presidente já declarou à Folha de S.Paulo que está disposto a
concorrer à reeleição, tendo afirmado que "Pretendo sim, se estiver bem
lá".
Em
princípio, o governador, em sua resposta, afirmou que não entraria "em polêmica",
mas deve ter pensado melhor e decidiu colocar "uma pitadinha de bom
humor", ao comparar os ataques feitos a ele pelo ex-presidente e pelo
o atual.
O
governador, em tom visivelmente de moderação e sensatez, disse que "O
momento não é de polemizar, mas de administrar. Todos temos uma
responsabilidade na gestão, o prefeito Bruno Covas, eu como governador, e o
presidente Jair Bolsonaro tem o dever de administrar bem o seu país. Nós todos
temos que fixar responsavelmente as nossas ações e as nossas atitudes para
fazer boa gestão. O Brasil tem ainda quase 13 milhões de desempregados, são
pessoas que esperam e mantém suas esperanças no governo Bolsonaro e nos
prefeitos de suas cidades para que possam fazer boa gestão".
Como
não poderia ser diferente, a primeira-dama de São Paulo, por meio de nota, repudiou
a declaração do presidente do país, ao afirmar que se trata de "expressões
chulas, que ferem e desrespeitam a família brasileira e a importância do cargo
que ocupa".
Depois
da parceria vitoriosa de ambos políticos, na última eleição, em que a popularidade
do então candidato presidencial era notória e o presidente ajudou a eleger o
tucano, em 2018, mas a história mudou, azedando as relações entre ele e o
tucano, que tem buscado se distanciar do presidente brasileiro, como o cão foge
da cruz, haja vista que eles disputam a mesma faixa do eleitorado de direita.
Esse
fato resulta no inevitável jogo baixo, notadamente por parte do presidente do
país que procura estampar na pessoa do tucano a pior imagem possível,
evidentemente com o firme propósito de denegri-la e destruí-la politicamente.
O
presidente não perde tempo para atacar o tucano, já tendo, inclusive, afirmado que
o governador está "morto para 2022.”, na tentativa de aniquilá-lo
politicamente.
Ainda
tem a acusação presidencial de que o tucano havia "mamado nas tetas do
BNDES", em governo passado, com referência à compra de jatinho a juros
subsidiados do banco, com o que o governador a rebateu, afirmando que nunca
precisou mamar em "teta nenhuma".
À
toda evidência, essa forma de relações promíscuas entre políticos não se diferencia
de nada da imunda, rasteira e odiosa velha política, em que os homens públicos
põem às claras as suas vis intenções predominantemente interesseiras, de falta
de caráter e personalidade, pensando exclusivamente na defesa brutal das conveniências
políticas pessoais.
Vejam-se
que foram tão somente oito meses de governo, que praticamente, nada ou quase
nada se pôde fazer em benefício da população, quanto à realização de ações
efetivas para melhorar a vida dos brasileiros, exatamente em harmonia com as metas
oferecidas e prometidas para a nação.
De
forma extremamente grotesca, irresponsável e até desavergonhada, o presidente
já entra precocemente na disputa eleitoral da reeleição, procurando, de forma
insistente e cruel, desmilinguir a imagem do seu principal possível concorrente
ao mesmo cargo.
O
pior é que ele faz uso de linguagem paupérrima e inadequada, muito aquém da
dignidade que precisa ter o ocupante do principal cargo da República, que não
pode se equiparar, em postura, a quem maltrata proposital a rica língua
portuguesa, fato que somente contribui para a perda da sua já desgastada credibilidade
como importante representante dos brasileiros, que cada vez mais imploram para
que o mandatário do Brasil se conscientize de que ele não pode se prostituir em
indecência cotidiana, se permitindo que a sua popularidade se esvaia em escala
perigoso e irrecuperável.
Diante
dessa situação extremamente deplorável, em que o presidente do país nem mesmo consegue
tomar posse efetiva do cargo, já se movimenta para a sua reeleição, procurando
isolar concorrente de peso, fato que só compromete o seu mandato, que tem sido
alvo das mais pesadas e contundentes críticas surgidas de todos os flancos, em
escalada jamais acontecida na fragilizada República, que clama por estadista de
verdade, que tenha consciência sobre a sua primacial função de tão somente
administrar com zelo, amor e responsabilidade os negócios do Brasil, de modo a
se preocupar exclusivamente com o equacionamento dos gigantescos problemas brasileiros,
com vistas à adoção das providências para a sua solução.
Causa
perplexidade que, em pleno século XXI, ainda seja possível a existência de homem
público com a mentalidade própria da idade da pedra, que não tem condições para
perceber nem vislumbrar os estragos que o seu desempenho pífio e maléfico como
administrador voltado para assuntos da reeleição, quando sequer deslanchou no
atual mandato, vem causando para a população, que esperava as anunciadas e
ansiadas mudanças, inclusive de mentalidade política, mas o que se enxerga é
muita frustração e decepção, diante do caos que se fortalece e se consolida dia
após dia, em verdadeiro atropelamento das esperanças dos brasileiros.
Brasil:
apenas o ame!
Brasília, em 5 de setembro de 2019
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