segunda-feira, 23 de junho de 2025

Liderança política

 

Acredita-se que a liderança política não se impõe, na base da conversa, da convocação, simplesmente assim.

Na verdade, a liderança política se conquista por meio de atos capazes de contribuir para a sua consolidação natural.

Sim, é fato que chega a ser assombroso que alguém que pretende ser líder de algo tenha a infeliz ideia de buscá-lo senão no próprio país, mas sim em outro país, sob a atitude que demonstra visível apego ao comodismo criativo e político, na forma de se denunciar arbitrariedade no exterior e se esperar por ajuda.

Quer queira ou não, isso fica muito clara a falta de capacidade para agir e trabalhar contra as adversidades, no próprio país. Isso tem o condão de revelar cabal incompetência e incapacidade inatas do líder, que se caracteriza por independência de seus atos políticos a situações outras que não da sua criatividade, cuja condição para tal se esvai quando se busca ajuda que não é a recomendará, de vez que a resolução dos problemas nacionais precisa ser tentada exclusivamente no próprio país, de vez que cada nação é autônoma, inclusive para resolver as suas crises institucionais.

Ou seja, é totalmente fora de propósito se buscar ajuda externa, quando, institucionalmente, o país estrangeiro não tem qualquer ingerência nos negócios brasileiros, especialmente em termos jurídicos, ressalvas as situações passíveis de enquadramento na legislação e nos acordos internacionais.

Mesmo assim, não é de bom tom, em termos de responsabilidade política e jurídica, que se despreze o caminho natural que deve ser seguido no próprio país, para se tentar a reversão de situações indesejáveis.

Elas precisam ser eliminadas, não com a esperança de contribuição forçada e dependente da boa vontade de quem não está obrigado a ajudar ao Brasil. Como se vê, se alguém pretende ser líder de verdade, precisa mostrar atributos inquestionavelmente que o caracterizem por meio de atitudes sem superficialidade, como nesse caso de se buscar ajuda em outro país para solucionar problemas que devem ser resolvidos pelos próprios brasileiros.

Apelam-se por que os brasileiros se conscientizem de que é preciso e urgente a formação de lideranças políticas, mas de maneira natural, apenas investindo em pessoas que tenham sensibilidade e racionalidade para assuntos que precisam ser tratados com as devidas importância e delicadeza, a exemplo, ao contrário, de se abdicar dos meios próprios que devem ser criados no Brasil, sem necessidade de ajuda do exterior, porque isso revela falta de competência, capacidade e liderança políticas.

Brasília, em 23 de junho de 2025

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