quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Big Brother Brasil

Ultimamente, tem sido motivo de generalizadas críticas por especialistas e pela sociedade, a falta de criatividade dos responsáveis pelo programa Big Brother Brasil – BBB, principalmente pela consolidada forma repetitiva de quadros já padronizados, compostos de futilidades e idiotices sem limites e ainda desprovidos de substância cultural ou algo do gênero. A sua exibição no horário especial ou nobre até que poderia servir de motivação para que a qualidade da programação pudesse ganhar conteúdo de bom gosto que justificasse a sua existência, tendo por finalidade a transmissão de espetáculo com teor artístico, de saber e de conhecimento, com a disseminação de bons costumes, experiências e ensinamentos úteis, como forma de ressaltar a necessidade de o homem se aperfeiçoar e buscar contínuo aprendizagem, notadamente com a valorização dos princípios culturais, educacionais e morais, fundamentais para o desenvolvimento saudável da espécie humana. O formato do BBB, concebido e mantido desde a sua origem, seguramente já demonstrou que não é um programa que se adequa propriamente às expectativas e peculiaridades do povo brasileiro, em termos de aproveitamento como entretenimento e agradável ocupação social, por ser constituído de inconsequente ostentação de bestialidade e de estímulo à inutilidade ocupacional, servindo apenas como contribuição à má formação do indivíduo e ao desserviço à sociedade. Ao que tudo indica, o povo vem se conscientizando que o BBB é uma forma diferente de promover, mediante marketing em horário nobre e em programa inútil, marcas de produtos, com o objetivo de alavancar vendas, ou seja, com fins meramente econômicos, em prejuízo da intelectualidade e da sabedoria nacionais. A ideia que transparece, quanto à composição dos “heróis”, é a de que os personagens ou quase todos apresentam alguma patologia, inata ou adquirida após o encontro do grupo, cujo desequilíbrio emocional ou comportamental tem por propósito chamar a atenção para sentimentos de piedade por parte da sociedade, que nada tem a ver com essa compostura arranjada e esdrúxula que apenas contribui para banalizar a pequenez espiritual e intelectual, razão pela qual pode até justificar o desprezo e a pouca importância que o reality show vem despertando a cada edição do programa, que tende a desaparecer gradativamente sem deixar sequer resquício de saudade, porque o seu legado é de algo que jamais deveria ter sido inventado, por afrontar a inteligência e a dignidade da família brasileira, com baixarias e lições de procedimentos e relacionamentos pouco recomendáveis para os padrões da família brasileira. A sociedade brasileira apela para o bom sendo das empresas de comunicação quanto à necessidade de ser brindada, por merecimento, com programas televisivos de inquestionável qualidade, em especial no horário nobre, como compensação por tantos enlatados importados e considerados inadequados e impróprios, não somente para as faixas etárias, mas para a formação cultural, social e intelectual dos brasileiros. Acorda, Brasil! 
   
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 07 de fevereiro de 2012

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