Um
político do PSDB de São Paulo disse que a presidente da República começou seu segundo
mandato sob a estrutura de poder montada para evitar processo de impeachment, na
expectativa de contar com a proteção de seus aliados políticos. Segundo ele, ela
pretendia eleger o presidente da Câmara dos Deputados, onde se ingressa pedido
do gênero, em combinação com a sua estrutura de governo, pensando exatamente nessa
prioridade.
O
tucano disse que "Falo de
impeachment com a tranquilidade de uma matéria que faz parte da Constituição.
Nada fora da lei. É tudo dentro da lei. Fora da lei, nós não fazemos e não
queremos absolutamente nada, mas dentro da lei queremos usar todos os
instrumentos para avançar e, eventualmente, mudar o governo deste País.".
Na
opinião dele, a presidente conhece o sentimento crescente de insatisfação da
população, sobretudo com os rumos da economia: "O desgaste dela é muito forte e ela sabe que ganhou as eleições
em condições excepcionais, sem os votos do Brasil produtivo. Se for mantido
este sentimento da população e se a sua política econômica não tiver resultado em
curto prazo, ela poderá ser submetida a um eventual processo de impeachment. Então
o governo foi montado para evitar esse risco. A vitória de Dilma não ocorreu
por fraude, mas por farsa, pois (PT) fez a população acreditar que poderia ter
perdido os benefícios dos programas sociais caso ela não ganhasse as eleições.".
O
político afirmou que a Operação Lava Jato é um agravante adicional para o
governo petista: "Isso não é só com
a Petrobras, vai se espalhando por outras áreas da administração também.".
Ele
concluiu dizendo que "É diferente do
que ocorreu no PT, que foi envolvido integralmente, com sua direção, no
escândalo. O PT foi tomado pelo processo de corrupção.”.
A
presidente da República não queria eleger somente o presidente da Câmara dos
Deputados, mas também o do Senado Federal e tudo o mais que seja possível para
blindá-la, por todos os meios, contra os vários pedidos de impeachment que vão
suscitar tão logo as sujeiras e os podres que enlamearam a Petrobras vierem à
tona, envolvendo não somente ela, mas também dezenas de parlamentares, conforme
depoimentos prestados pelo ex-diretor de Abastecimentos da estatal.
Os
brasileiros esperam que os parlamentares tenham a dignidade e a nobreza de
atuarem com isenção e imparcialidade, ao apreciarem os fatos sobre o petrolão
sob a ótica da decência, da honestidade e do decoro, tendo em conta, sobretudo,
os interesses nacionais, não se deixando mudar de opinião ou de atuação sob efeito
da pressão consistente no oferecimento de benesses do Palácio do Planalto, a
exemplo da recente votação do projeto que liberou a mandatária do país de
cumprir a meta fiscal, em cuja ocasião houve a liberação de emenda parlamentar
individual, no valor de R$ 748 mil, em vergonhoso sinal de que os princípios da
dignidade, da moralidade, da honestidade e do decoro foram mandados
literalmente para o espaço sideral, mostrando, com isso, que o interesse
pessoal sobrepõe às causas nacionais.
O Brasil
precisa, com a máxima urgência, ser passado a limpo, porque não tem como a
administração do país continuar envolto em indecentes e inescrupulosos
processos de negociatas e arranjos que prevalecem o fisiologismo ideológico,
onde o Orçamento da União tem servido de balcão de troca, para a formalização
de entendimentos em benefício da classe política dominante.
A
sociedade tem o dever cívico e a responsabilidade patriótica de exigir que os
homens públicos exerçam cargos públicos eleitorais em estrita observância aos
princípios da ética, da moralidade, da dignidade e do decoro, como forma de se possibilitar
a tão almejada moralização das práticas político-administrativas. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 13 de fevereiro de 2015
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