O
principal ditador de Cuba, afastado do poder desde 2006, quebrando o silêncio sobre a histórica aproximação entre
Cuba e os Estados Unidos da América, disse que "Não confio na política dos Estados Unidos,
nem troquei uma palavra com eles. Isso não significa - longe disso - uma
rejeição a uma solução pacífica dos conflitos".
Ele
acrescentou que "O presidente de
Cuba deu os passos pertinentes de acordo com suas prerrogativas e com as
faculdades que a Assembleia Nacional e o Partido Comunista de Cuba concedem a
ele. Defenderemos sempre a cooperação
e a amizade com todos os povos do mundo e, entre eles, os dos nossos
adversários políticos. É o que estamos reivindicando para todos".
Não
obstante, o mentor da revolução cubana, ao anunciar desconfiança contra os americanos,
não teceu críticas ao histórico entendimento para a normalização das relações
anunciadas recentemente por seu irmão e sucessor na Presidência cubana e pelo
presidente norte-americano, o qual foi motivo de comemorações mundo afora.
Seria
crível, à luz do bom senso e da racionalidade, se dizer que os Estados Unidos
da América não confiam em Cuba e não o contrário, diante do conjunto das obras
nefastas e perniciosas protagonizado pelos ditadores daquela ilha.
Na
verdade, todo povo tem o governo que merece. É o caso específico dos cubanos,
que, submetido aos horrores do regime comunista impostos pela ditadura, ainda
são unânimes em venerar os assassinos sanguinários como se eles fossem
verdadeiros deuses terrestres, quando, na realidade, são indiscutivelmente
cruéis demônios que infernizam o povo daquele país, conforme mostram os fatos
incontestáveis, dando conta do horroroso subdesenvolvimento pelo qual o povo
daquela ilha ainda é obrigado a tolerar, sem puder usufruir dos direitos
humanos, da liberdade de expressão, da liberdade de pensamento, da democracia e
da plena cidadania, como gente humana, como vivem os povos dos países
civilizados, que gozam do livre arbítrio e de todas as liberdades acessíveis ao
ser humano.
Para quem vive num país de extrema pobreza
como o povo cubano, o reatamento das relações diplomáticas de Cuba com os EUA
poderá ser considerada outra revolução, com a diferença de essa será modernidade
e de civilidade, que o povo da ilha vai assimilar e entender que o período
anterior teria sido de extremo martírio, pela condição subumana pela qual ele
foi obrigado a passar, com a privação dos avanços científico e tecnológico
processados no mundo civilizado, demonstrando que Cuba se encontra ano-luz de
atraso e subdesenvolvimento em relação às demais nações.
É
completamente injustificável que, ainda no século XXI, uma nação seja submetida
à condição tão degradante e de inferioridade em relação aos demais países,
principalmente as nações capitalistas, onde as liberdades são plenas e ilimitadas
para a expansão da cidadania e o gozo dos direitos humanos.
A
situação cubana e de outros países que praticam o comunismo ou o socialismo é
exemplo claro e marcante do resultado desastroso e pernicioso para a sociedade,
que foi e continua sendo massacrada pelo completo domínio do Estado, embora a
classe dominante das nações socialistas seja diferenciada pelo recebimento de
privilégios e benesses próprios dos regimes tirânicos e ditatoriais.
Diante
da demonstração de simpatia e idolatria que o governo brasileiro devota aos
ditadores cubanos, os brasileiros precisam ficar atentos para as consequências
da aproximação tão amistosa e calorosa existente entre os dois países, tendo em
conta que aquele país não tem nada para oferecer ao Brasil, em termos de
aperfeiçoamento das relações diplomáticas, salvo a exportação das práticas
desumanas disseminadas pelo abominável e execrável regime comunista. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 13 de fevereiro de 2015
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