sábado, 14 de fevereiro de 2015

O governo merecido


O principal ditador de Cuba, afastado do poder desde 2006, quebrando o silêncio sobre a histórica aproximação entre Cuba e os Estados Unidos da América, disse que "Não confio na política dos Estados Unidos, nem troquei uma palavra com eles. Isso não significa - longe disso - uma rejeição a uma solução pacífica dos conflitos".
Ele acrescentou que "O presidente de Cuba deu os passos pertinentes de acordo com suas prerrogativas e com as faculdades que a Assembleia Nacional e o Partido Comunista de Cuba concedem a ele. Defenderemos sempre a cooperação e a amizade com todos os povos do mundo e, entre eles, os dos nossos adversários políticos. É o que estamos reivindicando para todos".
Não obstante, o mentor da revolução cubana, ao anunciar desconfiança contra os americanos, não teceu críticas ao histórico entendimento para a normalização das relações anunciadas recentemente por seu irmão e sucessor na Presidência cubana e pelo presidente norte-americano, o qual foi motivo de comemorações mundo afora.
Seria crível, à luz do bom senso e da racionalidade, se dizer que os Estados Unidos da América não confiam em Cuba e não o contrário, diante do conjunto das obras nefastas e perniciosas protagonizado pelos ditadores daquela ilha.
Na verdade, todo povo tem o governo que merece. É o caso específico dos cubanos, que, submetido aos horrores do regime comunista impostos pela ditadura, ainda são unânimes em venerar os assassinos sanguinários como se eles fossem verdadeiros deuses terrestres, quando, na realidade, são indiscutivelmente cruéis demônios que infernizam o povo daquele país, conforme mostram os fatos incontestáveis, dando conta do horroroso subdesenvolvimento pelo qual o povo daquela ilha ainda é obrigado a tolerar, sem puder usufruir dos direitos humanos, da liberdade de expressão, da liberdade de pensamento, da democracia e da plena cidadania, como gente humana, como vivem os povos dos países civilizados, que gozam do livre arbítrio e de todas as liberdades acessíveis ao ser humano.
 Para quem vive num país de extrema pobreza como o povo cubano, o reatamento das relações diplomáticas de Cuba com os EUA poderá ser considerada outra revolução, com a diferença de essa será modernidade e de civilidade, que o povo da ilha vai assimilar e entender que o período anterior teria sido de extremo martírio, pela condição subumana pela qual ele foi obrigado a passar, com a privação dos avanços científico e tecnológico processados no mundo civilizado, demonstrando que Cuba se encontra ano-luz de atraso e subdesenvolvimento em relação às demais nações.
É completamente injustificável que, ainda no século XXI, uma nação seja submetida à condição tão degradante e de inferioridade em relação aos demais países, principalmente as nações capitalistas, onde as liberdades são plenas e ilimitadas para a expansão da cidadania e o gozo dos direitos humanos.
A situação cubana e de outros países que praticam o comunismo ou o socialismo é exemplo claro e marcante do resultado desastroso e pernicioso para a sociedade, que foi e continua sendo massacrada pelo completo domínio do Estado, embora a classe dominante das nações socialistas seja diferenciada pelo recebimento de privilégios e benesses próprios dos regimes tirânicos e ditatoriais.
Diante da demonstração de simpatia e idolatria que o governo brasileiro devota aos ditadores cubanos, os brasileiros precisam ficar atentos para as consequências da aproximação tão amistosa e calorosa existente entre os dois países, tendo em conta que aquele país não tem nada para oferecer ao Brasil, em termos de aperfeiçoamento das relações diplomáticas, salvo a exportação das práticas desumanas disseminadas pelo abominável e execrável regime comunista. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 13 de fevereiro de 2015

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