Segundo
o Estadão, o ex-presidente da República petista defendeu, de forma exaltada, o
tesoureiro do partido, deixando evidente, sem citar nomes, que há forte
intenção de impedir que a presidente da República conclua seu mandato.
Ele
deu indireta contra o PSDB, ao declarar que os adversários "não querem mais esperar outra derrota"
e, "na falta de votos, buscam
atalhos para o poder, manipulando a opinião pública e constrangendo as
instituições". Já a presidente do país falou em "golpismo dos inconformados com o resultado
das urnas".
O
petista disse, segundo a Agência PT de Notícias, que "Não é fácil um partido de esquerda governar um país importante como o
Brasil. Eles não querem nem deixar concluir o mandato da Dilma, tentando criar
todo e qualquer processo de desconfiança. Querem que o PT seja desacreditado na
sociedade brasileira. A quarta
derrota eleitoral consecutiva despertou os mais baixos instintos dos nossos
adversários".
A
presidente do país também disparou contra os setores que não aceitaram a
derrota eleitoral, dizendo que "Nós
temos força para resistir ao oportunismo e ao golpismo inclusive quando ele se
manifesta de forma dissimulada. Os que são inconformados com o resultado das
urnas só têm medo de uma coisa: da mobilização da sociedade em defesa das
instituições e em repúdio a qualquer tentativa de golpe contra a manifesta
vontade popular.".
Os
dois principais líderes petistas destacaram a tese golpista, em razão da
condução coercitiva do tesoureiro do PT, que foi levado, por ordem da Justiça, à
Polícia Federal para prestar depoimento no âmbito da Operação Lava Jato.
Em
razão da investigação do tesoureiro do PT, por suspeitas de intermediar a
arrecadação de propinas ao partido, por meio de esquema de corrupção e de cartel
na Petrobrás, o ex-presidente da República, segundo relatos colhidos pelo
Estadão, comparou as denúncias investigadas pela Lava Jato ao mensalão, tendo
concluído que "Se a ficarmos
quietos, a sentença já está dada." Para ele, há tentativa de "criminalizar" a legenda, motivo
pelo qual ele disse que o partido precisa reagir, sob o risco de o Judiciário
"julgar (os crimes investigados
pela Lava Jato) pela pressão que se cria
na sociedade e não pela lei".
O Brasil
está precisando, com o máximo de urgência, de reforma
político-eleitoral-partidária, como forma de se permitir que a população possa decidir
pela continuidade ou não de governante que tenha perdido a credibilidade e as
condições indispensáveis para administrar o país continente como o Brasil, por
incompetência, incapacidade, ineficiência e completa falta de habilidades
político-administrativas.
Além da
notória caracterização de completo desgoverno, a administração do país se
encontra atolado no lamaçal da corrupção nunca vista na história republicana, o
que também seria mais do que suficiente para o imediato afastamento da
governante que apenas fica reiterando que apura e pune, sem promover uma única
medida de efetivo saneamento das graves irregularidades, salvo a substituição
da presidência da Petrobras, cujo ato estapafúrdio agravou o que já era trágico
para os interesses da estatal, à vista da completa reprovação da medida pelos
investidores, que demonstraram sua insatisfação com a estrondosa queda das
ações da empresa, por enxergar que o novo presidente não passa de menino de
recado da presidente petista, para continuar blindando as falcatruas que não
podem passar pelo crivo da transparência, a exemplo da revelação do prejuízo de
mais de R$ 88 bilhões, cuja divulgação causou terremoto nos alicerces do
Palácio do Planalto, que não concordou com essa "bobagem" praticada
pela ex-presidente da estatal, embora o aludido valor reflita a realidade dos
fatos, salvo se o rombo nas contas da empresa não for ainda maior, visto que
ainda não foram contabilizados os resultados das competentes investigações objeto
da Operação Lava Jato, que foi capaz de mostrar o tanto dos estragos causados
ao patrimônio da estatal.
Compete à
sociedade rechaçar, com veemência, as insensatas colocações dos políticos que
tentam atribuir à oposição e à mídia a revelação das deficiências, das
precariedades e dos desgovernos, que são notórios e precisam ser divulgados,
com total transparência, por força da obrigação da oposição atuante e
responsável, a exemplo do que fazia com competência e até com exagero o PT,
quando era partido de oposição e defendia, de forma intransigente, a ética na
política.
Agora,
essa história de se dizer que a oposição pretende criar processo de
desconfiança não passa de mentalidade destituída de bom senso e de
racionalidade, por menosprezar, in limine,
não somente o pífio desempenho das políticas públicas, mas os importantes resultados
das investigações objeto da Operação Lava Jato, que está revelando o mar
pútrido da corrupção que imperou por longo tempo na estatal comandado pelo
governo, a quem se deve imputar a culpabilidade de não ter sido capaz de
controlar, fiscalizar e evitar que o patrimônio da estatal fosse dilapidado, de
forma cruel e impiedosa, a ponto de deixar a sua administração completamente
desacreditada e desmoralizada, como evidenciam as seguidas quedas de suas
ações, que nunca estiveram tão desvalorizadas.
Com
certeza, o país não merece ser administrado por governo com ideologia
esquerdista que tem um único projeto de perenidade no poder, fazendo uso, de
forma deletéria, de recursos públicos, em notório prejuízo para a sociedade e
para o país, que padece pelo ridículo processo de progressivo
subdesenvolvimento, conforme comprovam o péssimo desempenho das políticas
econômicas e a precária prestação dos serviços públicos, fatos que contestam, por
si sós, as infelizes afirmações dos principais líderes do partido do governo.
Os
caciques petistas poderiam, diante das pletoras irregularidades protagonizadas e
denunciadas à saciedade, altamente prejudiciais para a nação, calçar as
sandálias da humildade, para reconhecer os graves erros atribuídos ao
desastroso governo brasileiro, como forma de não continuar no ridículo de
culpar os adversários e a mídia pelo notório fracasso do desempenho do governo,
quando a população esclarecida, informada e cônscia da responsabilidade cívica,
não tem dúvida de que o governo precisa melhorar bastante a governança, em
termos de competência e moralização da execução das políticas públicas, para
readquirir a confiança e a credibilidade dos brasileiros, que concordam
plenamente com as opiniões segundo as quais as criminalizações do PT e do
governo são absolutamente devidas e justas, somente rechaçadas por quem não tem
bom senso nem responsabilidades para com os interesses do país. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 07 de fevereiro de 2015
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