O admirável poeta gaúcho Mário Quintana escreveu a seguinte mensagem: “Eu
moro em mim mesmo. Não faz mal que o quanto seja pequeno. É bom assim, tenho
menos lugares para perder as minhas coisas.”.
Diante disso, em apologia ao respeitável poeta, eu disse que moro em mim
mesmo, em recinto bem pequeno, mas isso é ótimo, porque me permite acumular
pouquíssimas ambições, apenas os objetos suficientes para que eu seja muito feliz.
A verdade é que grande propriedade para a morada propicia a amplidão de
desejos e posses, que dificultam não somente o seu controle, mas o seu
usufruto, enquanto muitas pessoas nada têm.
Na vida, o importante não é o possuir, mas o que se tem para se viver feliz
e realizado, sem se permitir o pecado da ambição.
Brasília, em 19 de setembro de 2024
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