quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Salvem o Pantanal!

 

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 736 focos de incêndio nos dez primeiros dias de setembro, no Pantanal. 

De acordo com os registros feitos por esse órgão, o número é quase o dobro do total registrado em setembro do ano passado, que foi de 373 focos de incêndios.

As queimadas de 2024 só não superam os incêndios de 2020, que foi o pior ano da série histórica do pantanal.

Na ocasião, foram registrados 2.550 focos de incêndios nos primeiros 10 dias de setembro, e 8.106 durante todo o mês inteiro.

Segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, quase 3 milhões de hectares foram destruídos pelas chamas neste ano.

Além do fogo incessante, o bioma tem sofrido com a seca intensa, quando o rio Paraguai, principal bacia do Pantanal, registra níveis negativos.

Na semana passada, diante do expressivo aumento das queimadas, o governo resolveu enviar mais cinco helicópteros para o combate aos incêndios, cujas aeronaves já atuam no Pantanal, que estão equipadas com dispositivo capaz de lançar cerca de 2,5 mil litros de água.

Na região, atuam 907 profissionais do governo federal, com outros quatro helicópteros e oito aviões, além de 44 embarcações.

À vista da alarmante disseminação de incêndios, um juiz da corte maior do país determinou que o governo convocasse, imediatamente,  mais bombeiros para combater as queimadas no país.

Em face do aumento incontrolável das queimadas, que já tem um ministério que tem a incumbência de combater os incêndios no bioma brasileiro, mas se mostra completamente incapaz de cumprir a sua missão institucional, outro órgão foi criado para também inchar a máquina pública e também não evitar as queimadas, quando elas precisam ser combatidas com medidas efetivas, com mais organização e gente suficiente para identificá-las na origem e eliminá-las com equipamentos e pessoal suficientes.

Até quando as florestas brasileiras vão se transformar em cinzas, sem que o governo tenha a iniciativa de adotar as medidas que efetivamente possam controlar as queimadas, uma vez que de nada adianta a dizimação do bioma, porque nada tem sido capaz de sensibilizar as autoridades incumbidas de proteção e preservação do meio ambiente?     

Apelam-se por que a sociedade se interesse em participar efetivamente na proteção da floresta brasileira, exigindo do governo que adote, o mais urgentemente possível, medidas prioritárias e abrangentes, sem limites de equipamentos e pessoas, capazes de combater as queimadas, especialmente nas suas origens, de modo que seja possível salvar o Pantanal, que vem sendo consumido pelo fogo.

Brasília, em 11 de setembro de 2024

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