sábado, 14 de setembro de 2024

O antipolítico

 

Um candidato à prefeitura de São Paulo, que também é apresentador de televisão, afirmou que, se não for eleito prefeito da capital paulista, não voltará a disputar cargos políticos.

Ele foi bastante enfático, ao afirmar que, "Para mim, acabou. Se eu não for eleito prefeito de São Paulo, acabou política para mim. Ainda tenho esperanças de ser eleito e ir para o segundo turno. O que eu gostaria de ter sido [...], vou morrer sem cumprir meu sonho, é uma pena. Meu sonho era servir ao povo como senador, infelizmente o sonho acabou".

Ao final da entrevista, o candidato se emocionou, ao comentar o resultado da última pesquisa de preferência de votos, destacando o esforço que vem fazendo para conquistar votos e ganhar impulso na corrida eleitoral.

Ele explicou que "Eu tentei ajudar as pessoas a votarem em mim. Até agora eu não consegui. O que eu posso fazer?".

Na última pesquisa Datafolha, o mencionado candidato aparece com 6% da preferência dos paulistanos, em quinto lugar, quando o candidato em primeiro colocado figura com 27% das pessoas consultadas.

É pena que o mundo político pode estar perdendo um potencial aproveitador, porque ele nunca demonstrou interesse pela política e muito menos pelas atividades partidárias, devendo ainda ser ressaltado que se trata de pessoa totalmente indiferente à política.

Não obstante, imaginando que poderia ter chances de ser facilmente vitorioso nesta campanha para prefeito, à vista da fragilidade dos outros candidatos, ele decidiu se candidatar, pensando que somente o seu prestígio alcançado na televisão seria suficientemente capaz para colocá-lo na prefeitura paulistana.

É evidente que não há nenhuma novidade sobre a péssima qualidade dos eleitores brasileiros, que não têm o menor escrúpulo em apoiar, com o seu voto, políticos destituídos dos atributos necessários às plenas fidelidades às finalidades políticas, em especial no que diz respeito à satisfação dos interesses da sociedade, entre outros atributos indispensáveis à participação das pessoas como verdadeiras pessoas pública.

Nada disso se verifica nesse candidato, que certamente prestará importante contribuição às atividades políticas, em se afastará da política, caso não se eleja, quando as suas chances são mínimas, diante da falta de cacife para impressionar os eleitores paulistanos.

Seria muito importante que o exemplo desse candidato servisse de estímulo para os outros demais medíocres candidatos, como forma de contribuir para selecionar bons e verdadeiros políticos interessados em trabalhar exclusivamente na defesa do bem comum da sociedade.  

Brasília, em 14 de setembro de 2024

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