segunda-feira, 12 de maio de 2025

A escolha do nome

 

Ainda sob repercussão mundial a escolha do cardeal norte-americano para o novo papada, que foi considerado surpresa para muitos.

Diz-se que o pontífice começou seu pontificado não atendeu importante pedido do seu antecessor, que teria, antes de partir, deixado claro o nome daquele que o sucedesse. 

Essa escolha mencionava que ele se chamasse João XXIV, o que, como visto, não se concretizou, não sendo atendido pelo papa Leão XIV, cujo brasão oficial divulgado pelo Vaticano tem forte significado, como indicativo como a marca a ser imprimida pelo papado.

Importante jornalista observou que "Um desejo do Papa Francisco ele já não satisfez, porque o Papa Francisco por duas vezes se referiu ao sucessor dele como João XXIV. Ele preferiu Leão XIV. Vamos ver o que isso vai significar"

Em reunião com cardeais, o papa Leão XIV quebrou o silêncio e explicou o motivo da escolha do seu nome, contrariando o pedido do ex-papa, tendo argumentado que escolheu o nome para homenagear o papa Leão XIII e indicar que sua liderança irá pelos mesmos moldes.

O papa homenageado ficou conhecido como um dos pontífices que mais lutou pela justiça social e defendeu os direitos dos trabalhadores, durante a revolução industrial. 

Na ocasião, o papa disse que "Há diferentes razões para isso, mas principalmente porque o Papa Leão XIII, em sua histórica Encíclica Rerum Novarum, abordou a questão social no contexto da primeira grande revolução industrial. Em nossos dias, a Igreja oferece a todos o tesouro de sua doutrina social em resposta a mais uma revolução industrial e aos desenvolvimentos no campo da inteligência artificial, que representam novos desafios para a defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho".

À toda evidência, o papa anterior tinha pleno direito de sugeri o nome do atual pontífice, diante do livre-arbítrio de manifestação, mas parece induvidoso que ele deixa muito claro que teria se equivocado, ao declarar para si o nome de Francisco, quando a sua intenção não era senão o nome de João XXIV, que ele poderia ter adotado para o seu papado, ao invés de sugerir para o seu sucessor, cuja atitude não combina com a ética tradicional da Igreja Católica.

Caso o novo papa tivesse adotado a sugestão do papa anterior, teria quebrado a importante e secular tradição de os papas terem o direito da escolha pessoal do nome que marca o seu pontificado e que isso sirva de lição útil, no sentido de que os novos papas tenham o livre direito da escolha de seus nomes.

Essa forma de proceder é da maior relevância para a história da igreja, em que os papas centralizam as suas ações pastorais tendo por base exemplos meritórios de grandes santos ou papas que realmente contribuíram, com as atividades do seu trabalho evangélico, para o engrandecimento da importante missão institucional da Igreja Católica.

Essa reafirmação, quanto à atuação no trabalho pastoral, consta bem clara com a posição do novo papa, que se diz interessado em defender a essência da dignidade humana, na abordagem das questões de interesse do bem-estar da sociedade, tendo por base os ensinamentos de Santo Agostinho, cujos papas que aderiram ao seguimento dos princípios disseminados por esse carismático santo se notabilizaram por suas ideias de valorização do ser humano.  

Enfim, ao se definir como discípulo de Santo Agostinho, o papa Leão XIV marca não só a sua firmeza de propósitos evangélicos, mas também o interesse de contribuir para que a Igreja Católica seja integrada ao trabalho evangélico de valorização da humanidade.  

Brasília, em 12 de maio de 2025

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