Diz-se
que o pontífice começou seu pontificado não atendeu importante pedido do seu
antecessor, que teria, antes de partir, deixado claro o nome daquele que o
sucedesse.
Essa
escolha mencionava que ele se chamasse João XXIV, o que, como visto, não se
concretizou, não sendo atendido pelo papa Leão XIV, cujo brasão oficial
divulgado pelo Vaticano tem forte significado, como indicativo como a marca a
ser imprimida pelo papado.
Importante
jornalista observou que "Um desejo do Papa Francisco ele já não
satisfez, porque o Papa Francisco por duas vezes se referiu ao sucessor dele
como João XXIV. Ele preferiu Leão XIV. Vamos ver o que isso vai significar".
Em
reunião com cardeais, o papa Leão XIV quebrou o silêncio e explicou o
motivo da escolha do seu nome, contrariando o pedido do ex-papa, tendo
argumentado que escolheu o nome para homenagear o papa Leão XIII e indicar
que sua liderança irá pelos mesmos moldes.
O papa homenageado
ficou conhecido como um dos pontífices que mais lutou pela justiça social e
defendeu os direitos dos trabalhadores, durante a revolução industrial.
Na
ocasião, o papa disse que "Há diferentes razões para isso, mas
principalmente porque o Papa Leão XIII, em sua histórica Encíclica Rerum
Novarum, abordou a questão social no contexto da primeira grande revolução
industrial. Em nossos dias, a Igreja oferece a todos o tesouro de sua
doutrina social em resposta a mais uma revolução industrial e aos
desenvolvimentos no campo da inteligência artificial, que representam
novos desafios para a defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho".
À toda
evidência, o papa anterior tinha pleno direito de sugeri o nome do atual pontífice,
diante do livre-arbítrio de manifestação, mas parece induvidoso que ele deixa
muito claro que teria se equivocado, ao declarar para si o nome de Francisco,
quando a sua intenção não era senão o nome de João XXIV, que ele poderia ter adotado
para o seu papado, ao invés de sugerir para o seu sucessor, cuja atitude não
combina com a ética tradicional da Igreja Católica.
Caso o
novo papa tivesse adotado a sugestão do papa anterior, teria quebrado a
importante e secular tradição de os papas terem o direito da escolha pessoal do
nome que marca o seu pontificado e que isso sirva de lição útil, no sentido de
que os novos papas tenham o livre direito da escolha de seus nomes.
Essa
forma de proceder é da maior relevância para a história da igreja, em que os
papas centralizam as suas ações pastorais tendo por base exemplos meritórios de
grandes santos ou papas que realmente contribuíram, com as atividades do seu
trabalho evangélico, para o engrandecimento da importante missão institucional
da Igreja Católica.
Essa
reafirmação, quanto à atuação no trabalho pastoral, consta bem clara com a posição
do novo papa, que se diz interessado em defender a essência da dignidade
humana, na abordagem das questões de interesse do bem-estar da sociedade, tendo
por base os ensinamentos de Santo Agostinho, cujos papas que aderiram ao
seguimento dos princípios disseminados por esse carismático santo se notabilizaram
por suas ideias de valorização do ser humano.
Enfim, ao
se definir como discípulo de Santo Agostinho, o papa Leão XIV marca não só a
sua firmeza de propósitos evangélicos, mas também o interesse de contribuir
para que a Igreja Católica seja integrada ao trabalho evangélico de valorização
da humanidade.
Brasília,
em 12 de maio de 2025
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