sexta-feira, 2 de maio de 2025

Aviltamento

 

Em vídeo postado na internet, são mostradas imagens de um bando de presos incitando e comemorando, com alegria e sarcasmo, a proximidade da chegada, no recinto onde eles se encontram, do último ex-presidente do país, certamente na esperança de que ele seja condenado por crimes não cometidos.

Diante desse fato, eu disse que somente em forma de humorismo de péssima categoria se concebe que pessoas percam a compostura para se alegrarem em servir de meninos de recado de bandidos presos, que somente merecem o desprezo da sociedade, pelas maldades que efetivamente eles praticaram.

Ao contrário disso, esses presos mereceram especial apoio de pessoas que compartilham as imagens, evidentemente em razão da sua identidade de ideologia partidária, para a transmissão de mensagens com a tentativa de denegrir a lisura de pessoa a quem os criminosos desejam o mesmo destino deles, que, diversamente, devem estar em reclusão pela prática de crimes horrorosos, sem nenhum direito de manifestação.

Até que ponto se submete a irracionalidade humana, ao chegar à indelicadeza da falta de compaixão, por se associar ao aviltante sentimento de criminosos presos, tão somente para satisfazer o seu instinto doentio de ódio e vingança, que existe, sem qualquer escrúpulo, no coração de pessoas que não respeitam a dignidade do seu semelhante?

A mensagem em referência pretende direta e visivelmente enegrecer a imagem de pessoa odiada por eles, a quem, como se vê, eles somente desejam maldades, sem qualquer remorso, que é algo que se harmoniza com pessoas que se realizam em defender a criminalidade, reconhecida por elas como vítimas da sociedade, quando é justamente esta que é prejudicada pela criminalidade.

Esse deformado comportamento de pessoas mostra espontaneamente o aviltamento da mentalidade humana, em se permitir a sua associação aos anseios de criminosos, que jamais deveriam se manifestar, exatamente porque eles estão em estado de reclusão, pagando por seus erros.

À toda evidência, essa espontânea maneira de proceder, de forma agressiva e desumana, vislumbra a imperiosa e urgente necessidade da evolução da espécie, no sentido da sua conscientização sobre a verdadeira convivência do ser humano, em estrita observância aos princípios de tolerância, respeito, sociabilidade e, sobretudo, civilidade.

Brasília, em 2 de maio de 2025

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