segunda-feira, 26 de maio de 2025

Donos dos partidos

 

De cordo com o resultado de pesquisa de intenção de votos, o governador de São Paulo tem mais de 60% de aprovação dos paulistanos, em termos de desempenho gerencial, e de mais de 40% dos eleitores que dizem que votariam nele para a reeleição no cargo, o que mostra altíssimos índices de aprovação desse político, naquela estado.  

Com base nessa pesquisa, o governador de São Paulo disse que tudo indica que o seu destino poderá ser mesmo a reeleição no cargo.

O fato de o governador de São Paulo se definir como candidato à reeleição não somente mostra a sua coerência com a excelente avaliação dos paulistas sobre o governo dele, além de indicar a sua fidelidade partidária, algo que existe como marca de verdadeiro donatário dos filiados, que não têm direito de manifestar senão algo que não os contrarie, posto que a última palavra é sempre deles.

Vejam que essa assertiva é mais do que verdadeira, quando o “todo-poderoso”, que se encontra impedido de ser candidato e ainda responde a processos, na Justiça, sustenta que ele é o único candidato da direita à presidência.

Esse fato só revelam as suas completas insensibilidade e insensatez, uma vez que, nas circunstâncias, seria muito mais elegante para ele reconhecer a sua situação de inelegibilidade e dizer que não é candidato, cabendo ao partido ou aos líderes da oposição indicarem o caminho aberto para se indicar o candidato que melhor preencha os requisitos exigidos para o cargo, conforme a melhor preferência dos eleitores, que recai na pessoa do governador de São Paulo.

Afora, essa estranha dicotomia de controle dos filiados, o candidato da direita deve ser aquele que estiver mais bem preparado para servir ao Brasil, tanto em termos de competência e preparo como psicologicamente, que não é o caso do ex-presidente do país, que já demonstrou completos despreparo e inaptidão para o exercício de tão relevante cargo, porque, do contrário disso, o país não estaria mergulhado no caos que se encontra.

A verdade é que, no seu governo, por exemplo, existiam diversas suspeitas sobre irregularidades na operacionalização do sistema eleitoral, mas ele preferiu ignorar tamanha disparidade de ilegalidade, em que pese ser do seu dever constitucional, ex-vi do disposto no artigo 78, cumprir a Constituição e as leis do país e exigir a sua observância.

O outro aspecto da maior importância diz respeito à atenção à sua defesa, que é exigido tempo integral para os cuidados necessários aos esclarecimentos sobre os fatos relacionados com os processos em curso.

Ou seja, em termos psicológicos, o ex-presidente não teria condições de presidir o país e cuidar dos processos em tramitação na Justiça, tudo de maneira tranquila e harmoniosa, sem solução de continuidade.

Ademais, como inevitável, vislumbra-se ambiente extremamente delicado na campanha eleitoral, com a presença do último ex-presidente à presidência, quando seria possível a abordagem de muitos assuntos envolvendo situações de vingança, revanchismo e outros atos de incivilidade, como forma de potencializar o antagonismo ideológico entre direita e esquerda.

Antevendo, assim, clima bastante hostil entre os candidatos da direita e da esquerda, o ideal será a ausência do ex-presidente, no próximo pleito, em nome da tranquilidade e da harmonia na campanha eleitoral, justamente porque os ânimos seriam de verdadeira e violenta batalha.   

Nas condições atuais, não há a menor dúvida de que as circunstâncias sinalizam para o candidato à Presidência da República que esteja completamente desembaraçado da Justiça, tendo disponibilidade exclusivamente para cuidar das relevantes questões nacionais, além do reconhecimento sobre a sua comprovada capacidade administrativa, em termos de competência, desapego ao poder, sensibilidade política e principalmente amor à pátria.

Brasília, em 25 de maio de 2025

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