Trata-se
do papa Leão XIV, religioso que nasceu nos Estados Unidos da América, que
chamou a atenção do mundo pelo simbolismo que se delineia em torno do seu novo nome
e de suas primeiras palavras como pontífice.
O papa
pronunciou a seguinte mensagem aos fiéis: “Devemos buscar, juntos, como ser
uma igreja missionária, uma igreja que constrói pontes, dialoga, sempre aberta
para receber como esta praça, com os braços abertos.”.
A defesa
do papa pela “paz desarmada” ressoou fortemente como princípio a ser trabalhado
na sua missão pastoral, cuja ideia precisa ser lida tanto como metáfora espiritual
quanto como crítica à lógica bélica e aos mecanismos de violência e dominação que
permeiam nos cenários político e econômico, sugerindo a ideia de que o novo
papa pretende pacificar a paz nos conflitos e promover a sua cultura, de
maneira o mais rapidamente possível.
Embora
ainda seja cedo, o novo papa dá sinais sobre a necessidade do diálogo com o
mundo contemporâneo e a aproximação efetiva com as pessoas carentes de
assistência, na forma de caridade defendida pela Igreja Católica.
Na
qualidade de agostiniano, ou seja, fiel aos princípios disseminados por Santo
Agostinho, o papa diz-se herdar a espiritualidade que valoriza o afeto mútuo e
o progresso intelectual como fundamentos da vida comunitária e missionária.
Assim foi
o seu pensamento plasmado de que, na sua visão, a igreja precisa construir
pontes, por meio da humildade e da caridade, na esperança e na busca da justiça
social.
Percebe-se,
com nitidez, que o papa sinaliza pelo desejo de que a igreja caminhe unida, sem
romper com as suas raízes, mas que ela se mantenha atenta às urgências dos
tempos atuais, sempre à disposição para servir na melhor forma segundo o
Evangelho de Jesus Cristo.
A propósito,
o novo papa declarou que é agostiniano e isso condiz com o apego ao pensamento defendido
por Santo Agostinho, como princípio religioso, a exemplo de algumas frase a seguir.
"Nosso
coração está inquieto enquanto não repousa em ti." (Confissões, Livro
I, Capítulo 1).
"Ama
e faz o que quiseres." (Homilias sobre a Primeira Epístola de São
João, VII).
"A
medida do amor é amar sem medida." (Carta 130, a Proba).
"A
verdade é como um leão; você não precisa defendê-la. Deixe-a solta; ela se
defenderá sozinha.".
"Entende
para crer; crê para entender." (Sermões, 43, 2).
"Tarde
te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro
e eu fora e ali te procurava." (Confissões, Livro X, Capítulo 27).
Como se
vê, há poderoso significado religioso nessas frases curtas, mas elas têm o
poder de mostrar, com bastante clareza, que Santo Agostinho via, na fé e na
razão, elementos espirituais importantes na busca pela compreensão de Deus,
sempre buscando o equilíbrio entre a profundidade da fé e a inteligência na
abordagem dos desafios do mundo.
Em síntese,
o Santo Agostinho defendia os princípios da verdade cristã, o que vale dizer
que essa filosofia combina perfeitamente com a fiel observância à verdade impressa
no Evangelho segundo Jesus Cristo, bastando, doravante, que o papa consiga imprimir
notórias ações em harmonia com as obras de Deus, fundadas na construção de
pontes necessárias à passagem de comboios de ideias que se traduzam na
harmonia, na paz e no amor, sob os auspícios agostinianos.
Ao se
dizer agostiniano, o papa se mostra discípulo de doutrina que incorpora nas
suas ideias valores espirituais que enfatizam a experiência comunitária e principalmente
a busca espiritual interior por Deus, tendo como foco religioso o compromisso
com a justiça social, no sentido da consecução da unidade dos princípios
cristãos e a necessidade da união entre eles.
Enfim, o
papa Leão XIV se oferece ao mundo como o religioso disposto a exercer a
liderança da Igreja Católica, com o respaldo da referência ética, espiritual e
humana e o compromisso de ser bom construtor de pontes para o bem da
humanidade.
Que o
Espírito Santo o guie e o ilumine!
Amém!
Brasília,
em 9 de maio de 2025
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