sexta-feira, 9 de maio de 2025

"Habemus papam"

 

Ontem, o mundo católico ouviu o tradicional Habemus papam, sob o anúncio do Espírito Santo pelo início de tempos novos e de esperanças na igreja de Jesus Cristo.

Trata-se do papa Leão XIV, religioso que nasceu nos Estados Unidos da América, que chamou a atenção do mundo pelo simbolismo que se delineia em torno do seu novo nome e de suas primeiras palavras como pontífice.

O papa pronunciou a seguinte mensagem aos fiéis: “Devemos buscar, juntos, como ser uma igreja missionária, uma igreja que constrói pontes, dialoga, sempre aberta para receber como esta praça, com os braços abertos.”.

A defesa do papa pela “paz desarmada” ressoou fortemente como princípio a ser trabalhado na sua missão pastoral, cuja ideia precisa ser lida tanto como metáfora espiritual quanto como crítica à lógica bélica e aos mecanismos de violência e dominação que permeiam nos cenários político e econômico, sugerindo a ideia de que o novo papa pretende pacificar a paz nos conflitos e promover a sua cultura, de maneira o mais rapidamente possível.

Embora ainda seja cedo, o novo papa dá sinais sobre a necessidade do diálogo com o mundo contemporâneo e a aproximação efetiva com as pessoas carentes de assistência, na forma de caridade defendida pela Igreja Católica.

Na qualidade de agostiniano, ou seja, fiel aos princípios disseminados por Santo Agostinho, o papa diz-se herdar a espiritualidade que valoriza o afeto mútuo e o progresso intelectual como fundamentos da vida comunitária e missionária.

Assim foi o seu pensamento plasmado de que, na sua visão, a igreja precisa construir pontes, por meio da humildade e da caridade, na esperança e na busca da justiça social.

Percebe-se, com nitidez, que o papa sinaliza pelo desejo de que a igreja caminhe unida, sem romper com as suas raízes, mas que ela se mantenha atenta às urgências dos tempos atuais, sempre à disposição para servir na melhor forma segundo o Evangelho de Jesus Cristo.

A propósito, o novo papa declarou que é agostiniano e isso condiz com o apego ao pensamento defendido por Santo Agostinho, como princípio religioso, a exemplo de algumas frase a seguir.

"Nosso coração está inquieto enquanto não repousa em ti." (Confissões, Livro I, Capítulo 1).

"Ama e faz o que quiseres." (Homilias sobre a Primeira Epístola de São João, VII).

"A medida do amor é amar sem medida." (Carta 130, a Proba).

"A verdade é como um leão; você não precisa defendê-la. Deixe-a solta; ela se defenderá sozinha.".

"Entende para crer; crê para entender." (Sermões, 43, 2).

"Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro e eu fora e ali te procurava." (Confissões, Livro X, Capítulo 27).  

Como se vê, há poderoso significado religioso nessas frases curtas, mas elas têm o poder de mostrar, com bastante clareza, que Santo Agostinho via, na fé e na razão, elementos espirituais importantes na busca pela compreensão de Deus, sempre buscando o equilíbrio entre a profundidade da fé e a inteligência na abordagem dos desafios do mundo.

Em síntese, o Santo Agostinho defendia os princípios da verdade cristã, o que vale dizer que essa filosofia combina perfeitamente com a fiel observância à verdade impressa no Evangelho segundo Jesus Cristo, bastando, doravante, que o papa consiga imprimir notórias ações em harmonia com as obras de Deus, fundadas na construção de pontes necessárias à passagem de comboios de ideias que se traduzam na harmonia, na paz e no amor, sob os auspícios agostinianos.

Ao se dizer agostiniano, o papa se mostra discípulo de doutrina que incorpora nas suas ideias valores espirituais que enfatizam a experiência comunitária e principalmente a busca espiritual interior por Deus, tendo como foco religioso o compromisso com a justiça social, no sentido da consecução da unidade dos princípios cristãos e a necessidade da união entre eles.

Enfim, o papa Leão XIV se oferece ao mundo como o religioso disposto a exercer a liderança da Igreja Católica, com o respaldo da referência ética, espiritual e humana e o compromisso de ser bom construtor de pontes para o bem da humanidade.

Que o Espírito Santo o guie e o ilumine!

Amém!

Brasília, em 9 de maio de 2025

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