À toda
evidência, a obra faz referência a Uiraúna como "Terra dos Médicos",
cujo custo está orçado em aproximado de R$ 460 mil.
A atual
administração já construiu os pósticos nas estradas de ligação com
as cidades de São João do Rio do Peixe e Sousa; respectivamente com os temas em
alusão às "Terra dos Músicos" e “Terra dos Sacerdotes”.
À toda
evidência, as aludidas homenagens são mais do que merecidas e mostram a importância
dessas profissões para a cultura de Uiraúna, que faz justiça a três segmentos
de destaque para o povo da cidade.
Não
obstante, permito-me afirmar que outras classes profissionais igualmente da maior
relevância para a cultura de Uiraúna sentem-se desprestigiadas e desprezadas,
diante do privilégio concedido a somente três categorias
que se sobrepõem sobre as demais, de não menor importância, como, por exemplo,
os profissionais da educação, que prestam especial e relevante missão de
educar, orientar e formar cidadãos de bem, visto que, sem os quais, não existiam
os médicos, os sacerdotes e os músicos, que são todos instruídos pelos mestres
da educação.
O que
diriam os advogados, os engenheiros, os enfermeiros, os dentistas e os demais
profissionais, que não terão os nomes de suas classes profissionais
homenageadas em pórticos, nas estradas de ligação de Uiraúna com outras
localidades?
Quer
queira ou não, essa forma de medida que privilegia algumas poucas classes
profissionais, em detrimento das demais, não condiz com a unidade
representativa de Uiraúna, que precisa urgentemente evitar essa maneira desnecessária
de discriminação, quando se privilegia alguém, mesmo que de forma merecida, como também
merecem igualmente as demais categorias profissionais, por sua importância para
a cidade.
As
cidades normalmente procuram evitar polêmica com essa forma de homenagem, ao
fazem referência aos símbolos que realmente a representam, a exemplo de Sousa,
que tem como destaque no seu portal de entrada ou saída da cidade o famoso Dinossauro,
que realmente condiz com a cidade, no seu conjunto.
Em
Uiraúna, se evitaria facilmente essa desconfortável situação com justa e
merecida homenagem ao famoso pássaro preto, a querida ave chamada uiraúna, que
simboliza a autenticidade da cidade, cujo nome é usado o da própria ave, a
exemplo do que foi consolidado no Monumento aos Pássaros, que realmente condiz
com a cidade de todos os uiraunenses.
Por fim,
com todo respeito por quem pensa em contrário, entendo que Uiraúna não pode nem
deve ser considerada somente a terra dos músicos, dos sacerdotes e dos médicos,
porque isso dar a ideia restritiva de que somente existem nela essas três
categorias de profissionais, quando é evidente que todos são importantes como
filhos da cidade.
Isso vale
se afirmar, com total propriedade, que Uiraúna é “Terra dos Uiraunenses”, com
todo respeito às classes especiais, que são merecedoras de aplausos e de
homenagens, igualmente como são as demais classes profissionais.
Ademais
de todos os fatos prevalentes, quais foram, enfim, as autoridades públicas ou
civis ou ambas a entidade oficial que definiram
e decretaram, com força de lei, que Uiraúna é terra de determinadas
categorias profissionais, de modo a haver essa inaceitável discriminação, em
prejuízo das demais classes profissionais?
Ante o
exposto, sou de opinião que é preciso se eliminar, com a maior urgência, todas as
formas de privilégios e discriminação, de modo que todos os uiraunenses sejam
reconhecidos como filhos de Uiraúna, sem esse sentimento privilegiado de que a
nossa querida cidade é terra de fulano, sicrano ou beltrano, porque isso não condiz
com a modernidade que precisa prevalecer para o bem de todos.
Brasília,
em 12 de maio de 2025
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