A aludida
mensagem se destina, com muita clareza, para a ala conservadora da Igreja
Católica, evidentemente na defesa do casamento heterossexual e no reforço do
posicionamento da instituição contra o aborto.
Na
ocasião, que marcava o encontro com a diplomacia acreditada no Vaticano, o papa
também pediu a revitalização da diplomacia multilateral e a promoção do diálogo
entre religiões, na busca pela paz mundial.
O papa, que
se diz membro da ordem religiosa agostiniana, tem enfatizado a urgente necessidade
da paz mundial como prioridade de seu pontificado, desde as primeiras palavras
que pronunciou na sacada da Basílica de São Pedro, após sua eleição em 8 de
maio, quando ele disse: “A paz esteja com todos vocês.”.
Em suas
observações e pronunciamentos, o papa disse que a busca pela paz era um dos pilares
do papado, tendo insistido que a paz não é apenas a ausência de conflito, mas
um “dom” que requer trabalho, desde o fim da produção de armas até a escolha
cuidadosa das palavras, especialmente que “As palavras também, não apenas as armas,
podem ferir e até matar.”.
O papa disse
que compete aos governos construírem sociedades pacíficas “sobretudo
investindo na família, fundamentada na união estável entre um homem e uma
mulher. Além disso, ninguém está isento de se esforçar para garantir o
respeito pela dignidade de cada pessoa, especialmente a mais frágil e
vulnerável, desde os não nascidos até os idosos, desde os doentes até os
desempregados, cidadãos e imigrantes igualmente.”.
Ressalte-se
que, como então chefe da ordem agostiniana, em 2012, o papa criticou o “estilo
de vida homossexual” e o papel da mídia de massa na promoção da aceitação
de relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo que conflitavam com a doutrina
católica.
Uma
década depois, durante o pontificado do seu antecessor, o papa Leão XIV reconheceu
o chamado para a igreja mais inclusiva, tendo dito que não queria que as
pessoas fossem excluídas apenas com base no estilo de vida delas.
A verdade
é que, aos poucos, o papa vai mostrando o seu posicionamento quanto assuntos inevitáveis,
como o casamento, que a Igreja Católica tem apenas tangenciado, quando a
realidade mundial exige definição muito clara, como nesse importante caso do
casamento que, como princípio doutrinário, a igreja tem como seus pilares, evidentemente
em respeito aos ensinamentos bíblicos, quando apregoam o célebre ditado: “crescei
e multiplicai”, algo que somente acontece entre homem e mulher.
Ou seja,
o papa confirma coerência com os dogmas da igreja, em estrito respeito aos sagrados
ensinamentos religiosos, a exemplo da família, que é conhecida como a união
estável entre um homem e uma mulher, os quais são o alicerce fundamental da
continuidade dos filhos de Deus.
O entendimento
do papa sobre a família tradicional não quer dizer que o homem não possa ser
feliz, evidentemente na maneira que tenha escolha de vida, segundo o seu livre-arbítrio.
O
importante é que o papa vem atuando sem segredo e dizendo o que ele pretende
realizar no seu pontificado e que, diante disso, ele seja coroado de pleno
sucesso, com a obtenção, principalmente, da paz tão desejada por Jesus Cristo.
Brasília,
em 19 de maio de 2025
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