domingo, 25 de maio de 2025

A lição das aves

 

Conta-se que um rei costumava manter relações de amizade com os monarcas vizinhos, a quem os presenteavam e era tratado com reciprocidade.

Certa feita, o rei recebeu um par de exóticas aves que encantaram os moradores do palácio e se tornaram atração por sua beleza.

As aves eram tão especiais que mereceram a recomendação no sentido de que elas precisavam de ambiente natural apropriado para crescer e florescer.

Diante disso, foi criado enorme e lindo jardim com vegetação paisagística, lagos com e cachoeiras e muitas árvores, para propiciarem as melhores condições do habitat para elas.

À medida que o tempo passava, as aves cresciam, ficaram mais lindas ainda e uma delas começou a voar ao redor do belo jardim, mas a outra permaneceu no mesmo galho, desde a sua chegada ao novo lar, se recusando a se afastar do seu conforto, por não sentir motivada para nada, além da sua bela moradia, cercada de muito conforto.

Essa situação passou a incomodar o rei, que queria que as aves voassem e, para isso, ele promoveu campanha entre seus súditos, com a finalidade de motivar a ave cômoda a se interessar a voar, mas não importava o que eles tentavam, ela continuava impassível, no seu cantinho.

Não obstante, apareceu uma pessoa da roça, um agricultor, que prometeu que faria a ave voar e foi exatamente isso o que ele fez, sem perda de tempo.

Isso não entusiasmava o rei, que não acreditava que pessoa simples, como assim aparentava, pudesse realizar tamanha proeza.

Enquanto isso, no dia seguinte, o rei caminhava no jardim e, surpreendentemente, viu as duas aves voarem alegremente, sendo que uma delas era aquela que insistia em não sair do seu confortável aposento, ou seja, o seu galho aconchegante.

Diante de tamanha alegria, circunstanciada pela surpresa, o rei queria saber do camponês qual teria sido a mágica feita por ele para a ave decidir a voar, finalmente.

No que o camponês respondeu que foi trabalho bastante fácil, que consistiu tão somente em cortar o galho onde a ave ficava, ao se tirar o seu costumeiro conforto.

Como se pode intuir facilmente, trata-se de mera parábola que pode ser aplicada no dia a dia de todos nós viventes, porque somos capazes de alcançar alturas e sucesso, a depender da capacidade empreendedora de cada ser para o atingimento dos ideais na vida, desde que se tenha coragem para lidar com assuntos que não são comuns e que muitas vezes assustam.

É preciso que as pessoas ousem na criatividade e no interesse para sair da zona de conforto, com vistas à exploração de novas possibilidades de sucesso e da descoberta de novas capacidades de realizações, por meio da abertura de nossas asas, para o atingimento maravilhosos voos.

Brasília, em 24 de maio de 2025

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