Certa
feita, o rei recebeu um par de exóticas aves que encantaram os moradores do
palácio e se tornaram atração por sua beleza.
As aves
eram tão especiais que mereceram a recomendação no sentido de que elas precisavam
de ambiente natural apropriado para crescer e florescer.
Diante
disso, foi criado enorme e lindo jardim com vegetação paisagística, lagos com e
cachoeiras e muitas árvores, para propiciarem as melhores condições do habitat para
elas.
À medida
que o tempo passava, as aves cresciam, ficaram mais lindas ainda e uma delas
começou a voar ao redor do belo jardim, mas a outra permaneceu no mesmo galho,
desde a sua chegada ao novo lar, se recusando a se afastar do seu conforto, por
não sentir motivada para nada, além da sua bela moradia, cercada de muito conforto.
Essa
situação passou a incomodar o rei, que queria que as aves voassem e, para isso,
ele promoveu campanha entre seus súditos, com a finalidade de motivar a ave cômoda
a se interessar a voar, mas não importava o que eles tentavam, ela continuava
impassível, no seu cantinho.
Não
obstante, apareceu uma pessoa da roça, um agricultor, que prometeu que faria a
ave voar e foi exatamente isso o que ele fez, sem perda de tempo.
Isso não
entusiasmava o rei, que não acreditava que pessoa simples, como assim
aparentava, pudesse realizar tamanha proeza.
Enquanto
isso, no dia seguinte, o rei caminhava no jardim e, surpreendentemente, viu as
duas aves voarem alegremente, sendo que uma delas era aquela que insistia em
não sair do seu confortável aposento, ou seja, o seu galho aconchegante.
Diante de
tamanha alegria, circunstanciada pela surpresa, o rei queria saber do camponês qual
teria sido a mágica feita por ele para a ave decidir a voar, finalmente.
No que o
camponês respondeu que foi trabalho bastante fácil, que consistiu tão somente em
cortar o galho onde a ave ficava, ao se tirar o seu costumeiro conforto.
Como se
pode intuir facilmente, trata-se de mera parábola que pode ser aplicada no dia
a dia de todos nós viventes, porque somos capazes de alcançar alturas e
sucesso, a depender da capacidade empreendedora de cada ser para o atingimento
dos ideais na vida, desde que se tenha coragem para lidar com assuntos que não são
comuns e que muitas vezes assustam.
É preciso
que as pessoas ousem na criatividade e no interesse para sair da zona de
conforto, com vistas à exploração de novas possibilidades de sucesso e da descoberta
de novas capacidades de realizações, por meio da abertura de nossas asas, para
o atingimento maravilhosos voos.
Brasília,
em 24 de maio de 2025
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