terça-feira, 6 de maio de 2025

A verdade?

 

O governo dos Estados Unidos da América negou informação divulgada por deputado federal brasileiro, que se encontra afastado do mandato, sobre informação de que funcionário norte-americano seria enviado ao Brasil, para tratar de sanções contra o juiz que decide na forma da lei interpretada por ele e outras autoridades brasileiras. 

A Casa Branca informou que irá enviar funcionários do governo dos EUA para reuniões com autoridades brasileiras, com a finalidade de discutirem o combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas. 

O referido comunicado diz o seguinte: “O Departamento de Estado dos EUA enviará uma delegação a Brasília, chefiada por David Gamble, que participará de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutirá os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas”.

O deputado afastado, que foi desmentido, havia afirmado que os EUA  enviariam funcionário para questionar as ações do juiz da corte maior do país, além de outras autoridades, com vistas à avaliação sobre a existência ou não censura ou perseguição política, por parte de autoridades da República tupiniquim. 

Naquela ocasião, bastante empolgado a teor da sua informação destituída de consistência, o deputado afastado disse, nas redes sociais, que a “batata” do juiz “está esquentando”, nos EUA, mas a verdade informada pelo governo norte-americano é que a reunião se tratará especificamente de acordos com o Brasil.

Com relação a esse importante assunto, eu havia escrito o texto abaixo, mostrando a total impertinência sobre a viabilidade jurídica de ela ser verdadeira, como, enfim, se confirma com a declaração dos Estados Unidos, a desmentindo e informando a verdade.

“Em mensagem que circula nas redes sociais, consta informação de que o presidente dos Estados Unidos da América teria decidido enviar assessores dele ao Brasil, para discutir, sim, discutir sanções ao ministro que vem liderando as decisões questionadas por seus adversários políticos.

Acredita-se que essa história de alguém da parte do presidente dos Estados Unidos vir ao Brasil discutir penalidades ao juiz da corte superior do país não tem a menor possibilidade.

Em primeiro lugar esse juiz, em princípio, não tem jurisdição alguma àquele país, salvo se ele decidir contra pessoas e entidades daquela nação, uma vez que o juiz não tem competência para agir nesse sentido.

Depois, não é de bom tom que pessoas estrangeiras possam adentrar no Brasil para o fim de "discutir sanções" a quem quer que seja.

Isso não tem o menor cabimento, principalmente porque os Estados Unidos não são tão incompetentes para se imiscuírem em assuntos sem o devido respaldo legal, como faz, em sentido contrário, o país tupiniquim.

Convém que as pessoas coloquem os pés no chão, no sentido de entenderem que os países são autônomos e independentes, cujo entendimento nesse sentido é rigorosamente respeitado e observado, em que ninguém se atreve a dizer ou fazer algo que não esteja estritamente previsto na legislação internacional e nos acordos e contratos pertinentes às relações diplomáticas entre as nações, como forma do respeito recíproco que precisa ser preservado e garantido entre os países civilizados.

O que se percebe, com muita clareza, são anseios de pessoas que os Estados Unidos possam fazer o que o próprio Brasil deveria já ter feito há muito tempo, mas não o faz porque não tem competência e, nessas condições, surgem especulações uma atrás da outra, na esperança de que algo realmente possa acontecer contra quem tem sido o líder das decisões que estão pondo em polvorosos os adversários dele.

Espera-se que as pessoas se acalmem e caiam na real, de modo que elas percam a esperança de que possa vir qualquer ajuda além-fronteira brasileira, para a solução da gravíssima crise institucional, cujas medidas pertinentes somente poderão vir do próprio Brasil.”.

Felizmente, o texto acima condiz exatamente com a informação prestada pelos Estados Unidos, de que não se tratava de nenhuma intenção daquele país de interferir em assuntos internos do Brasil, principalmente com a mentirosa notícia sobre possível sanção a autoridades brasileiras, fato este que seria o mais estapafúrdio possível da história diplomática, à vista da ausência de previsão legal.

A lição que fica dessa absurda mentira é a que os brasileiros precisam deixar de acreditar em falsos e incompetentes mensageiros, que, na ânsia de querer fazer justiça com as próprias mãos, inventam histórias inviáveis, na tentativa de levar pessoas ingênuas a acreditar nas suas inconsistentes e infrutíferas iniciativas.

A verdade é que jamais os Estados Unidos vão se interessar em resolver problemas que não sejam do estrito interesse da economia deles, devendo ficar bastante claro que as questões brasileiras devem e precisam ser resolvidas pelos brasileiros, quer queiram ou não as mentes vazias e sonhadoras, que vivem em outros mundos e ainda há quem as acompanhe, em forma de apoio igualmente inútil e desesperançoso.

Enfim, apelam-se por que os verdadeiros brasileiros se esforcem no sentido de entenderem que, enquanto não houver interesse e capacidade das lideranças nacionais em resolver os problemas do Brasil, o país continuará patinando na eterna escuridão da ignorância e da incompetência, submerso aos próprios fracassos, evidentemente em distanciamento do caminho das liberdades e do progresso.

Brasília, em 6 de maio de 2025

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