quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mudanças na política

A comprovada experiência da política brasileira inspira pouquíssima credibilidade, em especial pelos reiterados exemplos de promiscuidade com o trato com as coisas públicas, quando comumente elas são confundidas como se  privadas fossem. Os representantes da sociedade, com raras exceções, não têm a mínima vergonha de se comportarem com indignidade, pouco se importando em honrarem a liturgia dos cargos para os quais tenham sido eleitos. Nem tanto como tributo ao mundo civilizado, exemplo de democracia, onde, em muitos casos, a simples suspeita de irregularidade já é motivo de imediata censura e punição do envolvido, mas, enfim, como imperiosa necessidade de serem extirpadas as mazelas e práticas odiosas de lesão à sociedade, já é mais do que o momento apropriado para que as pessoas de bem e de boa vontade, as chamadas sangue bom, se unam com o propósito exclusivo de mudar a política brasileira, com a aprovação de reformas capazes de pôr fim os vícios costumeiramente denunciados. A crise ética e moral brasileira pode ser solucionada perfeitamente, basta vontade política, com força superior e independente, para garantir a reforma do modelo atual, visando à moralização do sistema partidário, com a extinção do fisiologismo predominante em quase todos os partidos, a criação de meios capazes de impedir novos mensalões e outros procedimentos congêneres e o estabelecimento de critérios claros objetivando que os partidos sejam essencialmente ideológicos e pragmáticos, não permitindo que sirvam de reboque para candidatura de aluguel, como meio de mera sobrevivência, além de outras medidas modernizadoras. Urge, pois, que a sociedade dê seu grito estridente de alerta sobre a necessidade de mudanças urgentes, para a implantação de novos hábitos, práticas, conceitos, e de tudo diferente do que está aí, com vistas à obtenção da confiança sobre as pessoas eleitas para representá-la, que devem exercer o seu mandato apenas em defesa do interesse público, comportando-se com dignidade, honradez, moralidade e ética.

ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 04 de maio de 2011
   

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