segunda-feira, 2 de maio de 2011

A violência banalizada

Até há pouco tempo, era motivo de satisfação e de aconchego as famílias se reunirem para acompanhar o noticiário do horário nobre da televisão brasileira, em que era comum a transmissão de boas e agradáveis informações sobre os fatos ocorridos no Brasil e no mundo. Agora, o quadro é simplesmente desolador e ninguém mais consegue se reunir com a finalidade de assistir a um programa noticioso, em virtude da predominância nele de matérias desanimadoras, como as violências, em todas as suas formas mais agudas e traumatizantes; as tragédias e catástrofes provocadas pelo homem ou pela natureza, que, com toda razão, vem se rebelando contra as maldades praticadas por esse animal de pouca racionalidade; as corrupções contra o erário e contra todos; os conflitos de guerra intermináveis; as ações terroristas sempre em ascensão e desenfreada da bandidagem; os atos descontrolados de vândalos e malfeitores; os desastres nos tráfegos aéreo e terrestre, e tantas outras reportagens, às vezes sensacionalistas, com imagens detalhadas, com o objetivo de impressionar a opinião pública, provocar comoção, compaixão ou sensibilizar a nação, tudo patrocinado por vultosas verbas publicitárias. Não se sabe até onde isso pode contribuir ou não para a melhoria, de maneira esclarecedora, da formação e responsabilidade da sociedade, na busca dos seus sublimes destinos de construtores do mundo com paz, harmonia e progresso. O desejável não é que esses fatos deixem de ser veiculados pela mídia, mas sim que eles sequer existissem, para o verdadeiro bem da humanidade, que anseia e bem merece a urgente volta àqueles bons e saudáveis tempos que se foram, em que as famílias...

ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 02 de maio de 2011

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