Depois da vitória da seleção brasileira sobre a espanhola, pelo placar
convincente de 4x2, uma jogadora espanhola teve a infelicidade de declarar, de
forma polêmica e deselegante, que a seleção brasileira “não joga futebol”,
como querendo dizer que a seleção espanhola perdeu para verdadeiras pernas-de-pau.
O motivo que levou a jogadora a fazer avaliação tão depreciativa e
desrespeitosas, em que pese a derrota humilhante, foi, segundo ela, a “cera
feita pelas brasileiras para matar tempo de jogo. Souberam como nos
machucar, jogar nas nossas costas. Para mim, não é futebol. Não gosto desse
futebol. Obviamente, ganham minutos, te fazem perder tempo. Para elas, isso
valeu. Elas estão na final, e nós vamos pelo bronze”.
Na verdade, a deselegante adversária, a par de criticar sem fundamento, termina
reconhecendo a importância da tática usada no jogo, porque “Para elas, isso
valeu. Elas estão na final...”.
Sim, elas, a seleção do Brasil está na final porque foi melhor e soube
fazer mais gols, que foi o principal objetivo alcançado, sob as regras do jogo,
expostas para ambos os times.
A verdade é que o choro é direito legítimo também dos perdedores, que
não tiveram competência para evitar a derrota, cabendo os louros às jogadoras brasileiras,
que aproveitaram as oportunidades e construíram importante placar de 4x0, cujo resultado
foi espelhado em 4x2, eliminando as campeãs mundiais de futebol, em jogo ganho
por quem soube colocar a bola quatro vezes junto à redinha.
A desculpa ou acusação de “cera”, por parte das brasileiras, faz parte
normal do jogo, conforme a tática que melhor convir para a seleção que se
comportar da maneira que considerar mais atrativa às suas conveniências, que a outra
seleção, no caso da espanhola, concorde ou não com isso, sendo absolutamente justo
que isso tenha acontecido, como de fato foi acontecido, a vitória comprova a
eficiência da tática empregada pela Seleção Canarinha.
Importa frisar que, havendo a alegada “cera”, a árbitra do certame foi
extremamente justa, ao compensar segundo por segundo de paralisação, ao
acrescentar, nada mais, nada menos, mais de 17 minutos além do tempo
regulamentar, no segundo tempo.
Isso vale se afirmar que a alegada ”cera” fora devidamente reparada pelo
tempo acrescido ao normal, não acontecendo qualquer prejuízo para as espanholas,
nem para o espetáculo futebolístico.
Os meios de comunicação da Espanha noticiaram a fragorosa derrota da sua
seleção, sendo que alguns definiram a vitória da seleção brasileira de futebol como
verdadeiro “baile”, apenas reclamando do péssimo futebol do seu time, sem
alegar desculpa fajuta nem deplorável de “cera”, ou seja, houve o
reconhecimento pela inferioridade no jogo, mesmo.
É preciso que as pessoas se comportem com elegância, também nas
derrotas, porque, na disputa, o ganhar e o perder fazem parte do jogo, não tendo
motivo alguma para se reclamar, quando nada verdadeiramente de anormal tenha
acontecido na arena do espetáculo futebolístico.
O importante é que o jogo foi ganho nas quatro linhas, tendo a seleção brasileira
jogado melhor do que a adversária, que levou 4 gols, menos do que o Brasil e
perdeu feio sob as regras estabelecidas, ficando mais feioso e triste para quem
faz acusação esfarrapada e completamente sem consistência, que só acentua a glória
brasileira, por ter merecido a classificação à final do futebol feminino da Olimpíada.
A Seleção Brasileira de Futebol faz jus aos aplausos, ainda mais pela
brilhante e convincente vitória sobre as campeãs do mundo de futebol, que perde
a compostura quando sai atirando grosseria, sem nenhuma razão, contra a legítima
e justa vencedora.
Brasília, em 7 de agosto de 2024
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