sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Futilidade

 

Em vídeo que circula nas redes sociais, o principal líder da oposição faz convocação para os brasileiros se reunirem no próximo dia 7 de setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo,  para protestarem contra o sistema dominante.

Com certeza, desta vez, aquela avenida vai ser lotada, em atendimento à convocação feita por aquele político, que espera, com isso, conforme o apelo constante do chamamento, resgatar a nossa democracia e a nossa liberdade.

Aliás, esse político diz que será “… Um grande ato em defesa da nossa democracia. Em defesa de nossa liberdade, porque de nada vale falarmos em liberdade, se nós não temos liberdade. Nós queremos dar um recado ao Brasil e ao mundo…”.

De nada adianta dar recado ao mundo, para dizer que brasileiros se reúnem, em multidão de milhões de pessoas somente com essa fútil finalidade de se mostrar o óbvio sobre a importância de se resgatar a plena dignidade do ser humano.

Parece muitíssimo estranho que se pretenda a conquista de algum objetivo, principalmente em se tratando das liberdades individuais e democráticas, sem haver qualquer medida concreta capaz de causar efeito em relação ao que realmente se pretende, porque as atrocidades continuam em pleno vapor, sem qualquer óbice a perturbá-las, principalmente diante da inexistência de algo em contrário a elas.

Ou seja, trata-se de mobilização monumental, que poderá se transformar em recorde de comparecimento de pessoas, simplesmente para mostrar ao mundo que o Brasil atravessa gravíssima crise de desrespeito aos princípios constitucionais e democráticos, como se ele ainda não soubesse, uma vez que a última reunião de protestos foi exatamente para essa finalidade.

Na verdade, essa iniciativa, sem qualquer finalidade objetiva, apenas para se dizer que brasileiros são contra o regime persecutório, aproveitando para se gritar “fora fulano” e dizerem outras palavras de ordem, que não resultam absolutamente em nada, tem o condão de materializar o quanto tem de incompetência e imaturidade tanto nas lideranças responsáveis pela mobilização de protestos como nos próprios participantes, por se reunirem em ato notoriamente inútil, sem objetividade de coisa alguma.

Meu Deus, até quando essas pessoas desocupadas vão ficar brincando sobre matéria extremamente importante, que precisa ser discutida e tratada com a devida seriedade, em especial com a criação de medida capaz de enfrentar, à altura, os atos e as decisões abusivos e inconstitucionais, assim reconhecido por todos?

É lamentável que, em pleno século XXI, ainda se protagonizem atos absurdos e inúteis como esse, por que sem razoabilidade, infelizmente.

Brasília, em 30 de agosto de 2024

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