sábado, 10 de agosto de 2024

Irreal analogia?

 

Em mensagem publicada nas redes sociais, alguém houve por bem trazer à baila texto intitulado “Olha que curioso”, vazado com o seguinte teor: “’A letra J’, o maior Homem que já viveu foi chamado Jesus, criado por um Homem chamado José, da tribo chamada Judá, numa região chamada Judeia e batizada por um homem chamado João, em um rio chamado Jordão de uma terra chamada Jerusalém. Filho de Deus. Filho do Deus chamado Jeová. Impressionante? Agora, o seu país está sendo salvo do demônio comunista por um homem chamado J... (...)”.

Sim, não resta a mínima dúvida de que é realmente “curioso” o fato da tremenda coincidência de que o político de nome J..., mencionado na mensagem em apreço, sendo apontado como estando trabalhando para salvar o país do demônio comunista, sem fazer nem provar absolutamente nada nesse sentido.

É notório que não há qualquer ato efetivo nem concreto que comprove essa assertiva, embora ele tivesse todas as condições factíveis para realmente salvar o Brasil das garras do comunismo, da desonestidade, da incompetência e da desgraça, que grassa no país.

Esse político poderia, sim, ter feito algo nesse sentido, tendo por base a Constituição Federal, ex-vi do disposto no artigo 142, que teria respaldado a decretação da garantia da lei e da ordem, em razão das inúmeras denúncias sobre possíveis irregularidades ocorridas na operacionalização das urnas eletrônicas.

Lembrando que o sistema eleitoral foi transformado em sigiloso, certamente por conta do acaso, o que vale dizer, sem possibilidade de acesso, por ninguém fora do sistema, aos resultados do pleito eleitoral, talvez para se evitar a transparência sobre a última votação, que foi considerada legítima, mas isso somente para poucos.

Convém assinalar que, por força do disposto no artigo 37 da Lei Maior do país, os atos da administração pública, incluídos os de incumbência do órgão eleitoral, precisa ter publicidade, o que vale se afirmar que eles são ostensivos, por força do princípio da transparência constitucional.

Certamente que a importante medida referente à garantia da lei e da ordem teria o condão de revelar a verdade sobre a vontade do eleitor, mostrando como realmente se fez a votação, que é algo de suma importância no Estado Democrático de Direito, para se permitir a revelação do verdadeiro vencedor do pleito presidencial, que certamente jamais teria sido o atual ocupante do principal trono da República, ante às fortes desconfianças de manipulação do sistema eleitoral, embora não se tenha prova de coisa alguma, diante do inadmissível sigilo decretado.

Não obstante, em que pesem as favoráveis condições, posto que o então presidente do país, de nome inicial com letra “J”, tinha a previsão constitucional para agir e salvar o Brasil do comunismo, com pleno respaldo constitucional, mas ele simplesmente se acovardou, ignorou todos os riscos de desgraça e nada fez, preferindo se recolher ao conforto palaciano, em tumular e injustificável silêncio e o pior, sem  prestar qualquer esclarecimento aos brasileiros, que era do seu dever.

Em  tudo, a omissão foi a pior atitude adotada pelo político que tem a inicial “J”, porque ele poderia tudo, menos se omitir para prejudicar o Brasil e os brasileiros, à vista do seu dever inerente ao cargo que ocupava.

Por fim, para agravar ainda mais a situação, ele houve por bem dar banana para os brasileiros e fugir, antes do término do seu mandato, para pedir asilo político em outro país, por temer ser preso por subordinado dele, não assumindo a integridade dos atos inerentes ao cargo ocupado por ele.

Essa é a verdadeira história de político que tem o nome começado por “J”, que deixou de honrar o seu principal compromisso de patriota, no sentido de salvar o Brasil do comunismo e das demais pestes que o acompanham, conforme todas as desgraças que infestaram o país, graças à incompetência e a irresponsabilidade do último governo.

em absolutamente nada, a grandeza dos nomes indicados acima, que realmente dignificaram a simbologia dessa letra.  

Na verdade, não passa de verdadeira blasfêmia, a infeliz comparação analógica imitada com  a in vocação do letra “J”, uma vez que inexiste qualquer fato que indique que esse político estaria salvando o Brasil, exatamente por completa falta de indício de situação fática nesse sentido.

Ou seja, é notória a falta de ato efetivo que justifique tamanha e absurda assertiva, porque isso não passa de indevida falácia, por faltar fundamentação, uma vez que, à toda evidência, o que se percebe é a predominância de atos contrários aos princípios da competência e do respeito às normas jurídicas e constitucionais.

Essa infeliz assertiva no sentido de que o político estaria salvando o Brasil parece ter outra finalidade, talvez a de elegê-lo pseudoastro de coisa alguma, conforme mostra a sua história política, posto que ele nada reúne nem apresenta de concreto em defesa do Brasil, tendo em vista que ele passou o poder, de mão beijada, vale dizer, sem resistência alguma, em que pese haver suspeita de irregularidade no processo eleitoral, que exigia a prévia verificação sobre a sua regularidade, somente isso, como fazem os países sérios e evoluídos, em termos politicamente democráticos.

Infelizmente isso somente mostra que o povo tem o representante político que bem merece, como nesse caso, visivelmente construído para a promoção de político que devia ter como merecimento, em razão do que ele fez ou deixou de fazer, o desprezo dos brasileiros honrados e dignos, em pagamento da inadmissível e brutal omissão dele de não ter implantado a intervenção militar, que, nas circunstâncias, era imprescindível à salvação do Brasil e dos brasileiros.

Por certo, essa medida, sim, teria não só salvado o Brasil do comunismo, mas, em especial, também afastado do poder a banda indesejável dos políticos brasileiros.

Infelizmente, repita-se, é bastante lamentável que ainda existe quem concorde e termine apoiando político destituído de predicativos patrióticos, em forma de mensagem sem consistência nem fundamento, como essa, com conteúdo visivelmente falso e ainda com deplorável proposta de compartilhamento.

Enfim, é preciso ter-se a consciência de que o apoio a políticos sem personalidade, incompetentes e insensatos só demonstra desvalorização e insensibilidade políticas do eleitor, que não se cuida no sentido de cuidar de eleger realmente os melhores para representarem os interesses do Brasil e dos brasileiros.

Essa assertiva se confirma quando se diz que alguém está salvando o Brasil, quando, na verdade, por conta da omissão dele o país se encontra atolado nas profundezas do lamaçal da incompetência, da desgovernabilidade e das arbitrariedades, quando ele próprio tem sido alvo de perseguições, quando tudo isso poderia ter sido diferente, a partir da verificação sobre a regularidade das urnas eletrônicas.   

Na verdade, os fatos mostram que os brasileiros precisam, com a maior urgência possível, evoluir muitíssimo, para se atingir melhor nível de razoabilidade e sensibilidade políticas, de modo que somente seja possível o apoiamento a políticos que realmente tenham condições de defender os interesses nacionais, não importando as circunstâncias nem as consequências.

Brasília, em 10 de agosto de 2024

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