De acordo com notícia divulgada pelo The Wall Street Journal, os
Estados Unidos da América pretendem oferecer garantias no sentido de que não
haverá perseguição ao ditador venezuelana, caso ele aceite reconhecer a vitória
da oposição, nas eleições daquele país.
Ou seja, a imprensa americana afirma que o governo de tio Sam vem tentando
obter a saída negociada do tirano venezuelano do poder, evidentemente sob
condições.
Os Estados Unidos negociam a concessão de espécie de perdão político ao ditador,
em troca da sua aceitação em deixar o poder, como desfecho pacífico da grave
crise implantada naquele país, depois que o ditador se recusa a reconhecer a
vitória da oposição, nas urnas, embora ele não tenha as mínimas condições de demovê-la,
à vista de as atas oficiais, em poder de seus adversários, confirmarem a derrota
dele.
Conforme a aludida notícia, o governo norte-americano cogita oferecer
perdões políticos e garantias de não perseguir o ditador nem os principais
dirigente de seu governo, depois da passagem do poder.
Como se sabe, a Venezuela realizou eleição presidencial em julho e a
oposição garante que foi vitoriosa no pleito, tendo por base os boletins das
urnas oficiais, mas o tirano presidente insiste em continuar no poder, afirmando
que ele foi o ganhador do pleito, negando-se a deixá-lo, embora o povo venha
apoiando o resultado das urnas que dá vitória à oposição.
O Conselho Nacional Eleitoral, que equivale ao órgão eleitoral
brasileiro, proclamou a vitória do ditador, com 52,2% dos votos, embora não
tenha divulgado as atas eleitorais, para respaldá-la, como seria o normal, visto
que elas são os documentos válidos que registram os votos em cada local de
votação e que são a prova do resultado final.
Enquanto isso acontece, a oposição garante que o seu candidato venceu a
eleição presidencial, com 67% dos votos, tendo apresentado, para tanto, comprovante
do pleito, cujo resultado das atas foi publicado em site, mostrando mais de 80%
das atas digitalizadas.
As referidas atas foram coligidas por meio de acesso pessoal do grupo, que
compareceu a quase todos os locais de votação, ou seja, pessoas da oposição compareceram
às seções eleitorais e coligiram os dados mostrados, em confirmação dos votos.
A agência de notícias Associated Press fez contagem particular, nos
votos da eleição presidencial venezuelana, com base nas aludidas atas, tendo
concluído que o candidato da oposição venceu o pleito, com a diferença de 500
mil votos.
Com medida nessa mesma linha, a oposição venezuelana também já havia oferecido
garantias de proteção ao ditador, caso ele aceitasse participar de transição
gradual de poder, mas ele descartou qualquer negociação nesse sentido.
À toda evidência, a medida de negociação sobre o impasse que se arrasta,
na Venezuela, parece se encaixar como uma luva na solução sobre a crise
eleitoral daquele país, por levar ao seu desfecho em ambiente de tranquilidade
e sem derramamento de sangue.
Trata-se de solução da maior importância e compatível com os ideais que
melhor se ajustam aos princípios democráticos imaginados pela humanidade,
porque o afastamento do ditador venezuelano do poder foi exatamente o desejo
manifestado pelo povo daquele país, nas urnas, conforme comprovam as atas em
poder da oposição.
Caso a solução mediada pelos Estados Unidos se torne realidade, deve
haver, ante o devido mérito, o reconhecimento pela concessão do prêmio Nobel da
Paz ao seu idealizador, porque ela será a única maneira de propiciar a paz e a
harmonia naquele país, comandado por brutamonte sanguinário, cruel e desumano,
que impôs o caos e a destruição naquele país, como assim vem funcionando o
governo ali.
Esperam-se que os fluidos da bondade, da construção, do diálogo, da
compreensão, da diplomacia e principalmente dos direitos humanos e das
liberdades democráticas prevaleçam sobre a ganância pelo poder, que tem sido
dominante de forma avassaladora e ditatorial, naquele país, em visível detrimento
dos salutares princípios da racionalidade e da sensatez.
Brasília, em 12 de agosto de 2024
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