Em vídeo que circula na internet, o que foi principal jogador do Flamengo,
de todos os tempos, aparece pedindo votos para ex-jogador do mesmo time, que
foi contemporâneo dele.
Ele diz que se trata de pessoa excelente, para quem pede voto para elegê-lo
vereador de Salvador, Bahia.
Ao que se percebe, é por isso que o Brasil se encontra atolado, em raiz
profunda, no pior lamaçal da incompetência e da irresponsabilidade, justamente
por eleger ex-jogadores, artistas e outras celebridades, tendo por base apenas
que ele é amigo de celebridades, que nada entendem de política, mas são
recomendados, mesmo assim.
O absurdo disso é que o grande atleta o conheceu há bastante atrás, na convivência quando eles jogavam juntos, não
sabendo sequer o que ele vem fazendo nos últimos tempos.
Trata-se, ao que parece, de candidatura sem a mínima qualificação, que
depende do apoio de ilustres amigos, o que bem demonstra a falta de competência
para assumir cargo público eletivo, precisamente por falta de predicativos
necessários às atividades políticas.
A indicação em causa, à vista da personalidade do grande atleta, como
desmerece a dignidade dele, por se tratar de pessoa que sempre foi imune ao
envolvimento com a política, sendo, justamente por isso, merecedor do maior
respeito.
O grande atleta até que poderia continuar fazendo golaços, na vida,
preservando o seu glorioso nome de um dos maiores futebolistas do mundo, sem se
imiscuir em política, onde a seara é bastante nebulosa e normalmente há muito espaço
para tramoias, oportunismos e outros interesses degradantes semelhantes.
Só a participação nessa propaganda política, o grande jogador perde
patamares de credibilidade, ante o respeito conquistado como atleta merecedor
do carinho de legião de admiradores, o que é algo preocupante, porque, no
Brasil, nos últimos tempos, política tem sido sinônimo de descrédito e
desconfiança.
Em nome da dignidade da sua reputação de pessoa séria e respeitável, é aconselhável
que o grande atleta retire a sua infeliz indicação de candidatura de amigo,
exatamente porque isso não condiz com a realidade da dignidade ínsita da pureza
da personalidade dele.
Brasília, em 18 de agosto de 2024
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