Têm-se visto grandes avanços na medicina oftalmológica, com o abrangente interesse na busca por tratamentos preventivos, terapêuticos e cirúrgicos visando à melhor proteção da visão humana.
Uma das preocupações nessa na área oftalmológica diz precisamente com a
perda de visão acarretada por problemas no cérebro, conhecida como deficiência
visual cerebral ou cortical, chamada, em inglês, pela sigla CVI, que é uma das causas
comuns de cegueira e de problemas visuais em crianças.
Na opinião dos especialistas, o tratamento dos problemas relacionados
com a CVI ainda tem sido muito limitado, devido às dificuldades para a identificação
da doença, conforme tem sido o consenso no seio médico.
Diante desse contexto, cientistas do Children's Hospital Los Angeles,
nos Estados Unidos da América, conseguiram descobertas importantes na busca do
diagnóstico da doença e na melhoria do tratamento desse gravíssimo distúrbio de
visão.
Uma pesquisadora do Centro de Visão do supracitado hospital, que é a principal
autora do estudo, fez importante detalhamento sobre as pesquisas realizadas
nesse assunto específico, que foi publicado na revista Ophthalmology, cuja
conclusão sugere que “a CVI deve ser entendida como transtorno do
neurodesenvolvimento, diferentemente da perda de visão quase total e
permanente associada à cegueira cortical em adultos, geralmente causada por
derrames, as crianças com CVI costumam manter alguma capacidade visual, que
pode melhorar com o tempo devido à neuroplasticidade.”.
A citada pesquisadora escreveu que “A detecção precoce da CVI é
fundamental para permitir intervenção precoce. Estudos sobre crianças com
deficiência visual de origem ocular demonstram consistentemente ligação entre a
deficiência visual e dificuldades na aprendizagem, desafios nos relacionamentos
sociais e piora na qualidade de vida.”.
Um oftalmologista do Hospital Oftalmológico de Brasília declarou que “O
diagnóstico dessa condição é muito complexo, principalmente nos primeiros anos
de vida. Por isso, sempre ressaltamos a importância de levar o bebê ao
oftalmologista, tanto aos seis meses quanto a um ano, com consultas anuais.
Quanto mais cedo o diagnóstico, melhores as chances de tratamento e estimulação
visual.”.
Tendo em conta o resumo contextualizado neste texto, pode-se observar
que muitas cegueiras em crianças, algumas até definitivas, são estabelecidas
por falta de maiores esclarecimentos à população e, principalmente, a falta de
visita do bebezinho ao oftalmologista, exatamente diante da cultura
generalizada de não se cuidar da visão mito cedo, logo nos primórdios de vida.
Nesse caso específico, torna-se muito importante que haja campanha por
parte da saúde pública, das entidades de classe e também por organismos de
defesa da visão humana, com vistas aos necessários esclarecimentos médicos à população,
em especial das classes mais desassistidas, em termos da saúde primária, mostrando
a importância da visitação precoce dos bebês ao oftalmologista, o mais cedo
possível, a partir do sexto mês de vida, para possibilitar o diagnóstico e o
tratamento de graves doenças da visão, evidentemente com a possibilidade de se
evitar a cegueira.
Na verdade, medida nesse sentido tem objetiva primordialmente de se descobrir
o mais cedo possível doença gravíssima e cuidar das suas causas, de modo a se evitar
graves consequência de visão para a população.
Enfim, apelam-se por que as mencionadas entidades públicas e privadas se
encarreguem também da promoção dos relevantes serviços preventivos da saúde dos
olhos das crianças, que são da maior importância para a prevenção e a proteção definitivas
da boa visão dos brasileiros.
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