quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

A saúde da visão infantil

         Têm-se visto grandes avanços na medicina oftalmológica, com o abrangente interesse na busca por tratamentos preventivos, terapêuticos e cirúrgicos visando à melhor proteção da visão humana.

Uma das preocupações nessa na área oftalmológica diz precisamente com a perda de visão acarretada por problemas no cérebro, conhecida como deficiência visual cerebral ou cortical, chamada, em inglês, pela sigla CVI, que é uma das causas comuns de cegueira e de problemas visuais em crianças.

Na opinião dos especialistas, o tratamento dos problemas relacionados com a CVI ainda tem sido muito limitado, devido às dificuldades para a identificação da doença, conforme tem sido o consenso no seio médico.

Diante desse contexto, cientistas do Children's Hospital Los Angeles, nos Estados Unidos da América, conseguiram descobertas importantes na busca do diagnóstico da doença e na melhoria do tratamento desse gravíssimo distúrbio de visão.

Uma pesquisadora do Centro de Visão do supracitado hospital, que é a principal autora do estudo, fez importante detalhamento sobre as pesquisas realizadas nesse assunto específico, que foi publicado na revista Ophthalmology, cuja conclusão sugere que “a CVI deve ser entendida como transtorno do neurodesenvolvimento, diferentemente da perda de visão quase total e permanente associada à cegueira cortical em adultos, geralmente causada por derrames, as crianças com CVI costumam manter alguma capacidade visual, que pode melhorar com o tempo devido à neuroplasticidade.”.

A citada pesquisadora escreveu que “A detecção precoce da CVI é fundamental para permitir intervenção precoce. Estudos sobre crianças com deficiência visual de origem ocular demonstram consistentemente ligação entre a deficiência visual e dificuldades na aprendizagem, desafios nos relacionamentos sociais e piora na qualidade de vida.”.

Um oftalmologista do Hospital Oftalmológico de Brasília declarou que “O diagnóstico dessa condição é muito complexo, principalmente nos primeiros anos de vida. Por isso, sempre ressaltamos a importância de levar o bebê ao oftalmologista, tanto aos seis meses quanto a um ano, com consultas anuais. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhores as chances de tratamento e estimulação visual.”.

Tendo em conta o resumo contextualizado neste texto, pode-se observar que muitas cegueiras em crianças, algumas até definitivas, são estabelecidas por falta de maiores esclarecimentos à população e, principalmente, a falta de visita do bebezinho ao oftalmologista, exatamente diante da cultura generalizada de não se cuidar da visão mito cedo, logo nos primórdios de vida.

Nesse caso específico, torna-se muito importante que haja campanha por parte da saúde pública, das entidades de classe e também por organismos de defesa da visão humana, com vistas aos necessários esclarecimentos médicos à população, em especial das classes mais desassistidas, em termos da saúde primária, mostrando a importância da visitação precoce dos bebês ao oftalmologista, o mais cedo possível, a partir do sexto mês de vida, para possibilitar o diagnóstico e o tratamento de graves doenças da visão, evidentemente com a possibilidade de se evitar a cegueira.

Na verdade, medida nesse sentido tem objetiva primordialmente de se descobrir o mais cedo possível doença gravíssima e cuidar das suas causas, de modo a se evitar graves consequência de visão para a população.  

Enfim, apelam-se por que as mencionadas entidades públicas e privadas se encarreguem também da promoção dos relevantes serviços preventivos da saúde dos olhos das crianças, que são da maior importância para a prevenção e a proteção definitivas da boa visão dos brasileiros.    

            Brasília, em 16 de janeiro de 2025

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